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Redução no índice se deu principalmente entre os catarinenses que estavam desempregados há pelo menos um ano e que conseguiram trabalho
Santa Catarina é o estado com a menor taxa de desemprego do Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, referente ao segundo trimestre de 2024. Apenas 3,2% da força de trabalho catarinense está sem emprego, conforme o estudo divulgado nesta quinta-feira (15). Em contrapartida, são 4,1 milhões de pessoas com trabalho no estado.
Segundo análise feita pelo Centro de Inteligência e Estratégia da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (CIE/Facisc), a redução do índice se deu principalmente entre os catarinenses que estavam desempregados há pelo menos um ano e que conseguiram trabalho. O número de pessoas nesta situação recuou 21%.
O estado voltou a ocupar a liderança no ranking no segundo trimestre ao ultrapassar Mato Grosso e Rondônia, ambos com 3,3% de desemprego no período. O resultado foi estimulado pela recuperação parcial do setor de construção de edifícios, que cresceu 7% seus trabalhadores no 2º semestre, em comparação aos três meses anteriores. Para se ter uma ideia, o setor alcançou a marca de 302 mil pessoas ocupadas, o maior montante de toda a série histórica desde 2012.
A presidente interina da Facisc, Rita Conti, avalia que esse dinamismo no mercado de trabalho vem sendo incentivado pelo crescimento do poder aquisitivo das famílias catarinenses, pela valorização imobiliária na região litorânea e pelo crescimento da concessão de crédito para o financiamento imobiliário de pessoas físicas (que aumentou 20% no país no segundo trimestre, em comparação ao período anterior).
Ainda no ramo da construção civil, as obras de infraestrutura impactaram o resultado, passando de 15,8 mil pessoas ocupadas na área no primeiro trimestre para 20 mil no segundo – com destaque para as obras portuárias, de rodovias e pintura para sinalização em aeroportos. O aquecimento do setor repercutiu também no de produtos de metal e no de serviços para edifícios e atividades paisagísticas, que cresceu em 20% a quantidade de trabalhadores. Já os serviços imobiliários passaram de 29,7 mil para 42,8 mil em pessoas ocupadas, principalmente empregados do setor privado.
Maior saldo de empregos formais – Municípios do Vale do Itajaí, como Balneário Camboriú e Itapema, se destacaram nas contratações de carteiras assinadas, principalmente na incorporação de empreendimentos imobiliários, se colocando entre os maiores saldos de emprego do país neste setor, segundo os dados do Novo Caged.