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A reunião de Diretoria da Facisc continuou nesta sexta-feira, 10/3, com a presença do presidente da CACB, George Pinheiro. O líder nacional lançou a mais nova campanha da entidade, a #reformabrasil. O objetivo é multiplicar os debates sobre as necessidades de reformas para o País. Incentivar às Federações a promover uma discussão neste sentido é a ideia da CACB, que estará junto com cada uma delas nestes debates. “Vamos fazer em conjunto, convidando outras entidades para participar do evento. Juntas, as entidades ganharão força para, inclusive, defender as reformas. Somente a partir delas o Brasil poderá sair desta situação de paralisia econômica e política”, enfatiza o presidente da CACB lembrando que os empresários precisam de condições para a retomada e uma forma de garantir as reformas é conversando sobre elas.
O presidente da CACB, George Pinheiro, acredita que chegou a hora de implementar as reformas que o País necessita e que, agora, diante do recuo de mais um ano do PIB, elas ganham um caráter de “urgência urgentíssima”. O anúncio de que o PIB recuou 3,6% em 2016 pelo segundo ano consecutivo (em 2015 foi de 3,8%) mergulhou o País na maior recessão de sua história, superando os anos 30. “Este fato nos conduz a uma situação preocupante e muito séria: pela primeira vez, desde 1996, todos os setores da economia registraram taxas negativas”, enfatiza Pinheiro.
A CACB não tem dúvidas de que chegou o momento de dar uma guinada e buscar as saídas. “Elas estão nas reformas necessárias” lembra Pinheiro, enfatizando que a entidade está incentivando todos as federações a promoverem, em seus Estados, debates sobre as reformas necessárias.
Cenário Político e Econômico
Germano Rigotto abriu sua palestra falando sobre a importância das instituições se fortalecerem e mudarem suas condutas. “Em todas as esferas é importante mudarmos a nossa postura em relação à ética. O momento é outro. É necessário mudar esta forma de agir, principalmente o que remete à vida pública. Isso que vai restar desta crise política”.
Em relação à crise econômica Rigotto falou que estes primeiros sinais de retomada não vão trazer a curto prazo as soluções dos problemas, como o desemprego. “É a longo prazo que a economia tomará um novo rumo. No caso do da geração do emprego, é necessário que muita coisa entre nos eixos para que voltem a ter contratações”.
Rigotto fala que é necessário urgentemente a aprovação de três reformas no Brasil. “A previdenciária, a trabalhista e uma reforma do sistema tributário que infelizmente o Governo não se convenceu que precisa acontecer”. Ele falou que é necessária a criação de um IVA Nacional e um IVA Estadual. Para Rigotto a Reforma Previdenciária é a mais difícil de passar no Congresso Nacional. “O Governo teria que avançar nas três reformas juntas. Trabalhar as três ao mesmo tempo”.
O grande problema do Brasil é o aumento da despesa primária do Governo. Todos os últimos presidentes aumentar a despesa primária. “A porta esteve aberta para o gasto público. Ninguém reduziu a dívida”. O crescimento das despesas vem da previdência, assistência social e programas de transferência de renda, despesas de custeio com saúde e educação, subsídios e subvenções econômicas. Ele projeta que em 2060 as despesas do INSS se continuar chegam a mais de 17% do PIB.
O segredo de uma reforma tributária é racionalizar a base tributária. “O problema não é só a carga tributária, é que a carga recai para poucos, que pagam pelos muitos que se esvaem”. A reforma tributária estrutural necessária para o País só sairá com decisão política do Governo Federal.