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A carne de frango é como o segundo item mais exportado pela Região Carbonífera, atrás apenas dos produtos cerâmicos
A representatividade e as oportunidades do Brasil no mercado de proteína animal foram debatidas durante a reunião da diretoria da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), na noite dessa segunda-feira, 4.
Os dados foram apresentados pelo vice-presidente da entidade, Gilberto Francisco Hobold, também diretor da Plasson do Brasil, que oferece equipamentos e soluções para a avicultura, suinocultura e postura comercial (produção de ovos).
De acordo com Hobold, o Brasil representa 13,8% de toda a avicultura produzida no mundo. “Temos a China muito próxima ao Brasil e os Estados Unidos é o primeiro lugar em produção. O mundo todo produz 103 milhões de toneladas de frango e o Brasil produz 14,3 milhões de toneladas. O Brasil é um player no mercado de proteína animal no mundo”, destaca.
A previsão de produção de carne de frango para este ano é de 14,7 milhões de toneladas. “Exportamos uma boa parte. O Brasil é o primeiro em exportação no mundo, consumimos 46 quilos por pessoa/ano, um bom consumo de carne e somos o segundo em produção. Por isso, que destacamos que o Brasil é o celeiro do mundo em alimentos”, acrescenta.
Exportações da Região Carbonífera
A carne de frango segue como o segundo item mais exportado pela Região Carbonífera, atrás apenas dos produtos cerâmicos. Nos dois primeiros meses deste ano, o volume negociado ao exterior em carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas das aves chegou a US$ 12.163.936, representando 18,46% do valor das exportações da região no período, que somou US$ 65.910.543.
Na comparação com o primeiro bimestre de 2021, o incremento nas vendas de carne de frango para o mercado externo foi de 21,83%. No ano passado, entre janeiro e fevereiro, o valor negociado ficou em US$ 9.984.314. As exportações da região no período chegaram a US$ 46.990.356.
Carne suína
Com relação a produção de suínos a fatia brasileira de mercado chega apenas a 4,5%. O Brasil é o quarto em produção e o sétimo em exportação. “A cada dez quilos que se exporta, seis vão para a China, grande mercado do Brasil. China e Hong Kong concentram 60% das exportações”, contextualiza.
Produção de ovos
“Com relação a produção de ovos, há um grande mercado. Nossa exportação não é relevante, pode crescer muito. O Brasil é o sexto em produção, mas não está entre os dez maiores consumidores do mundo, comemos muito pouco ovo. Apesar de a previsão ser de 270 ovos por pessoa/ano, o consumo é baixo quando comparado com outros países. No México, o consumo chega a quase 400 ovos por pessoa/ano”, explica Hobold.
Em relação à produção de ovos, a Região Carbonífera contabilizou US$ 512.181 em exportações no primeiro bimestre de 2021, valor que aumentou para US$ 1.424.713 no mesmo período deste ano, alta de 178,17%.
Atuação da Plasson
Hobold também apresentou a trajetória da Plasson do Brasil durante os 25 anos de atuação no país. O diretor destacou investimentos e decisões tomadas, desde a instalação da unidade em Criciúma até a ampliação da estrutura física, das operações e do portfólio, formado especialmente por equipamentos e serviços para a avicultura e suinocultura. Nesse período, a empresa também conquistou o mercado externo e, hoje, 26% das receitas vêm das exportações.
Entre as decisões estratégicas para a ampliação do portfólio está a aquisição da ATI Sangyo, de Rinópolis (SP), para a fabricação de equipamentos para a postura comercial. “Passamos a ser a única empresa do Brasil que está em todos os segmentos da avicultura”, ressalta o diretor. Com origem em Israel, a Plasson também investe no mercado de válvulas e conexões para distribuição de água, esgoto e gás, e em produção de estruturas metálicas.