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Com o objetivo de integrar todas as regiões de Santa Catarina e conhecer as demandas dos núcleos locais, empresárias das regiões do Planalto Norte, Norte e Vale do Itajaí, se reuniram durante a sexta-feira, 26, no Serra Alta Eventos, em Canoinhas, para a 88ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) do Conselho Estadual da Mulher Empresária de Santa Catarina (CEME). Do Planalto Norte, fazem parte os núcleos de São Bento do Sul, Rio Negrinho, Mafra, Canoinhas e Itaiópolis.
Com uma programação diversificada e focada no tema “Novos rumos: Empreendedorismo feminino, tradição e inovação”, as associadas puderam durante o dia participar de palestras, capacitações, trocas de experiências, Network empresarial e geração de negócios. Além do relato de experiência das coordenadoras dos núcleos, as mulheres se movimentaram com a ginástica laboral e ganharam brindes em um sorteio.
Pela manhã, uma das atrações foi a palestra “Compliance em âmbito associativista: perspectivas e desafios”, com Adelita Adiers, coordenadora de Projetos Especiais da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC), que abordou o aspecto normativo e os pilares para a efetivação de programas de integridade das empresas.
Foi a partir do Decreto 8.420, de 18 de março de 2015, que regulamenta a lei anticorrupção, Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, que o termo compliance passou a fazer parte do ambiente dos negócios. “O compliance vem sendo parte da agenda das entidades, e por isso falamos dele no âmbito associativista e dos pequenos negócios. Procurei falar o que significa o conceito de compliance, que é o cumprimento das regras, das questões éticas e transparentes dos negócios, tanto na relação com o setor público, como na relação entre negócios”, explica.
A palestrante deu exemplos que podem ser adotados pelos diferentes ramos de atuação, sendo em grandes ou pequenas empresas. “Trouxe de forma prática, os nove pilares, que são formas de implementação desse ‘como fazer’. A gente trouxe alguns ingredientes que precisam ser olhados por cada negócio, cada estrutura. E, especialmente, que o compliance não é somente para grandes empresas, ele também conversa com os pequenos negócios”, ressalta.
Falando para aproximadamente 60 mulheres, Adelita reforça a importância do empoderamento feminino nas relações empresariais, frente à sociedade contemporânea. “Nesse momento de incertezas políticas, econômicas e sociais, uma liderança forte e visionária, é essencial. E aqui, nós falamos com mulheres líderes do seu negócio, dos seus segmentos”, eleva.
A presidente do Conselho, Janelise Royer dos Santos, comenta que a assembleia existe para unir as mulheres de uma mesma região. Conhecer o trabalho desenvolvido pelos outros núcleos, é uma forma de compartilhar boas ideias e ações, que podem ser adaptadas e aplicada em outras cidades. “Porque todas trabalham para melhorar a sua cidade, e a partir desse relato de experiências, algo pode ser desenvolvido por outro núcleo e ajudar a desenvolver aquele município. Dali, mais outro, e outro, e quando vê, a região toda está crescendo”, comenta.
O perfil da mulher multifacetária, que tem diversas atribuições dentro e fora da empresa, e que busca dar conta de tudo, é evidenciado em um dia diferente da rotina. “Como é importante também, a gente entender e ouvir de outra empreendedora que a gente não precisa se cobrar tanto. A troca de experiências é um acalento para nós, pois percebemos que, embora cada uma com sua individualidade, todas temos problemas, medos e desafios. E nessa troca, podemos juntas nos fortalecer”, reforça Casciane Antunes, da cidade de Rio Negrinho, vice-presidente do CEME na regional Planalto Norte.
Créditos: Bruna Werle, Jornal Correio do Norte