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A Federação das Associação empresariais de Santa Catarina (Facisc) lança nesta sexta-feira, 01/9, a nona edição da Carta de Conjuntura. O documento é uma publicação quadrimestral que apresenta um levantamento de indicadores relevantes da conjuntura econômica catarinense comparados com dados nacionais, além de fazer uma abordagem macroeconômica brasileira e internacional. Na Carta, a entidade analisa o desenvolvimento de Santa Catarina perante outros Estados, baseada em dados estatísticos.
Nesta edição um dos itens que mais chama a atenção é o índice de atividade econômica (índice composto por estimativas dos setores: agropecuária, indústria, comércio e serviços acrescidos de impostos sobre produtos) e que se constitui como uma prévia do PIB, no acumulado entre o período de janeiro e junho de 2017 comparado ao mesmo período de 2016, o Brasil registrou um crescimento de 0,06%. Santa Catarina registrou o segundo maior crescimento (3,16%) entre os estados onde é calculado esse índice, evidenciando uma recuperação da atividade econômica mais breve no estado catarinense.
Para o vice-presidente da Indústria da Facisc e responsável pela área de Economia e estatísticas da Federação, André Gaidzinski, o momento ainda exige prudência e atenção. “Já se pode afirmar que vivemos tempos de transição de quedas bruscas da economia, em detrimento da própria recuperação em curso no país”, afirma.
Para a Facisc, o ano de 2017 se comporta com grandes mudanças e sinais que farão com que o país volte aos trilhos, mas junto a isso ele também se apresenta com grandes desafios para serem enfrentados. “A forma de se preparar para esse processo é estar aberto ao diálogo em todos os setores da sociedade, estar sempre bem informado para tomar decisões estratégicas e mais acertadas, levar a gestão tanto pública como privada a um nível de eficiência maior e principalmente estar atento as oportunidades que se abrem como em toda boa crise e certamente aproveitá-las”, declara Gaidzinski.
EMPREGO FORMAL
Entre janeiro e julho de 2017, o Brasil criou 112.580 novas vagas de emprego formal. Dentre as 27 Estados, 17 registraram números positivos. Por outro lado, 10 ainda mantiveram perdas
de emprego para o período. Santa Catarina criou 22.458 novas vagas. É o sexto estado a mais gerar empregos formais no país. “Santa Catarina é responsável por 51,4% do saldo positivo de empregos na indústria de transformação e por 20% do saldo total de vagas no país”, evidencia Gaidzinski.
COMÉRCIO
O comércio varejista brasileiro registrou uma queda de -0,1% no período acumulado entre janeiro e junho de 2017 comparado com o mesmo período de 2016. Santa Catarina, por outro lado, foi o estado com a maior taxa de crescimento (13,00%) do setor.
TURISMO
O volume de serviços que envolvem atividades turísticas no Brasil registrou uma queda de -6,4% no período acumulado entre janeiro e junho de 2017 comparado com o mesmo período de 2016. Santa Catarina segue movimento contrário, para o mesmo período, o estado cresceu 7,2%. Goiás foi o estado que mais cresceu (12,7%) e o Distrito Federal o que mais recuou o volume das atividades turísticas (-20,7%) segundo a pesquisa mensal de serviços.
Para o economista da Facisc, Leonardo Alonso, é necessário antes de mais nada colocar em evidência o tamanho da retração econômica ocorrida no país. “Entre 2015 e 2016, o PIB, que mensura o nível de atividade econômica, recuou 7,2% indiciando sobremaneira o impacto gerado pela crise no Brasil. Neste primeiro trimestre de 2017, a queda foi de – 0,4%. Com a economia em crise, os reflexos se deram em todos os setores da economia, demonstrando quedas sucessivas de produção, vendas e empregos. Porém, apesar da retração econômica dada durante os dois últimos anos, a análise da conjuntura recente nos evidencia que os impactos mais severos da crise já se revelaram”.
Alguns apontamentos atuais sinalizam que as quedas generalizadas sobre os setores da economia estão se atenuando e alguns indicadores apontados nessa carta evidenciam essa observação. “No primeiro semestre de 2017 a produção da indústria no Brasil, por exemplo, cresceu 0,5% em relação ao mesmo período de 2016 e Santa Catarina 3,3%”, destaca o economista.
FACISC
A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina é o maior sistema empresarial voluntário e que tem a maior capilaridade de Santa Catarina. Reúne cerca de 35 mil empresas dos mais diversos segmentos: comércio, indústria, prestação de serviço, agronegócios, turismo, profissionais liberais, entre outros, através de 146 associações empresariais presentes em 220 municípios do Estado.
Acesse a publicação através do link www.facisc.org.br/