Compartilhe
O indicador da Boa Vista de Demanda por Crédito do Consumidor recuou 1,0% entre os meses de agosto e setembro na comparação dos dados dessazonalizados. O resultado praticamente anulou o efeito das duas altas anteriores e isso fez com que o indicador encerrasse o terceiro trimestre ligeiramente acima do que se viu no segundo trimestre do mesmo ano, com alta de 0,1% com base na série de dados dessazonalizados.
“O crédito surpreendeu, sobretudo, no primeiro semestre, e deve encerrar 2022 com uma taxa de crescimento alta e acima daquilo que se imaginava no começo do ano, mas a tendência de desaceleração está clara. O aumento nas taxas de juros é uma das razões que contribuem para a desaceleração”, diz o economista da Boa Vista, Flávio Calife.
Apesar das quedas, soluções diferenciadas vem se destacando no mercado e tem garantido crédito para muitos empresários.
Lançado ainda durante a pandemia, o FACISCRED se fortaleceu em 2022 com a alta dos juros por se apresentar como uma solução com diferencial do padrão de mercado. “Em meio a um cenário político instável, que restringe o crédito e enquanto todo mundo aumenta os juros, nós, por meio das parcerias, baixamos o valor dos juros aos empresários, aproximando-os dos parceiros e trazendo produtos e soluções diferenciadas para os negócios”, declara o diretor de soluções empresariais da Facisc, Ciro Cerutti.
Segundo o diretor, a lógica é que todo mundo fica inseguro de buscar crédito neste momento, mas a Facisc faz uma “curadoria” de parceiros para trazer as melhores soluções e oportunidades financeiras para os negócios catarinenses.
Até o momento o Faciscred já permitiu liberar R $1.602.792,10 de crédito para micro, pequenas e médias empresas associadas do Sistema Facisc. A solução já é oferecida nos municípios de Palmitos, Cunha Porã, Maravilha, Modelo, Saudades e Cunhataí, Pinhalzinho, São Carlos, Águas de Chapecó e Palhoça.
Ao todo já foram 16 empresas beneficiadas pela solução. Sendo oito empresas em Cunha Porã, onde foram liberados R $917.918,69, quatro empresas em Palmitos onde foram liberados R $414.873,41, duas em Modelo e uma empresa em Pinhalzinho e Saudades e Cunhataí.
Viabilizado por meio das cooperativas parceiras, nestes cinco meses de operação, a nova solução tem por objetivo ampliar oportunidades financeiras para viabilizar a abertura, perenidade e crescimento de negócios nos mais diversos setores representados pela FACISC.
“Nossa expectativa é que novembro e dezembro sejam meses de grande procura, devido às empresas buscarem capital de giro para pagarem a primeira parcela do 13º salário ou, ainda, buscarem capital de investimento para compra de estoque por conta do verão ou da logística. Como nosso estado recebe muitos turistas, estes fatores têm influência direta, além disso, há também a troca de coleções, principalmente para os segmentos do vestuário e de calçados”, explica Ciro.