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Os números ainda não são favoráveis à retomada do crescimento econômico, mas é exatamente para que o empresário tenha essa visão do momento a partir de uma boa base de dados para tomada de decisões que a Facisc tem divulgado periodicamente a sua Carta de Conjuntura. A sexta edição do documento elaborado pela Federação das Associações Empresariais de SC, Facisc, foi apresentada na tarde desta quinta-feira, (29/9) na ACIC, seguindo uma agenda que está percorrendo todo o Estado. No evento, aberto pelo presidente da ACIC, César Smielevski, o vice-presidente para Indústria da Facisc, André Gaidzinski, e o Analista de Economia, Leonardo Alonso Rodrigues, apresentaram um levantamento de dados econômicos nacional, estaduais e locais.
A carta de conjuntura tem como objetivo subsidiar os empresários na tomada de decisões e na otimização dos recursos econômicos, contribuir com o aumento da qualidade dos negócios e da produtividade catarinense, por meio de informações estatísticas e análises sobre a realidade socioeconômica.
O números mostram uma economia ainda bastante combalida pelo momento recessivo de 2016. Atividade econômica, PIB e empregos seguem com números negativos nos oito meses analisados pela equipe econômica da Facisc. O estudo mostra que a atividade econômica nacional permaneceu em queda no primeiro semestre de 2016, com retração de -5,96%, refletindo o cenário macroeconômico recessivo e a instabilidade política do país. O estudo mostra que tudo isso impactou diretamente no mercado de trabalho, que atingiu um patamar de desemprego de 11,3% atingindo 11.586 milhões de desempregados. O relatório apresentado mostra que a atividade econômica em Santa Catarina também perdeu o seu dinamismo, ainda que tenha sido a última a entrar nesse processo, com -4,00% no primeiro semestre.
A apresentação detalhou ainda os setores da indústria, comércio e serviços. Na indústria o tombo foi de -6,1 % no primeiro semestre, o comércio (-8,7%), o setor de serviços (-0,4%) e o turismo -1,1%. O que também gerou desemprego, conforme explica Leonardo Rodrigues. “Traduzindo esse quadro, a taxa de desemprego no estado atingiu 6,7% abrangendo 242 mil pessoas”. Com base neste acompanhamento sistemático que a federação faz e disponibiliza para as associações, Rodrigues conclui que a economia de Santa Catarina deve continuar mostrando fragilidade no decorrer de 2016 e que nesse contexto, a mudança deste quadro depende da “melhora substancial da confiança no desempenho da economia para os próximos anos e na manutenção da melhora das contas externas, como vem ocorrendo e nos efeitos favoráveis dos ajustes econômicos em curso no País”, considera.
Em sua fala a associados e representantes das Associações Empresariais da região Sul, André Gaidzinski reforçou o papel da Facisc em disponibilizar informações para que o empresariado tenha subsídios para tomada de decisões. Destacou que o estado foi o último a entrar na crise, mas que hoje já se visualiza pontos de reação e que isso também depende das reformas que o governo deve trabalhar para impulsionar a economia e criar o clima de confiança para o mercado. “Temos que retomar a confiança para retomar o crescimento econômico. Mesmo com a queda repetitiva de vários dados, precisamos analisar mais a fundo alguns indicadores e ver que a longo prazo podemos recuperar a economia e o crescimento”, finaliza.
Todos os dados podem ser acessados no site da Facisc pelo linkhttp://facisc.org.br/noticias/