O Núcleo de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) da Associação Empresarial (Acisbs) realizou no sábado (1º), o 1º Encontro de Brigadistas Voluntários e Particulares de São Bento do Sul e região, no Centro Cultural Dr. Genésio Tureck. O evento reuniu 200 participantes, que contaram com palestras durante toda a manhã, além de uma exposição de equipamentos. O coordenador do Núcleo, Anderson Fernando Souza, deu as boas-vindas aos participantes e disse que espera que este seja o primeiro de muitos outros encontros. “Buscar a capacitação e o aperfeiçoamento é fundamental para uma atuação cada vez mais eficiente e de qualidade”.
A primeira palestra “Brigada de incêndio: considerações a respeito da IN 28”, com os bombeiros militares, Aldinei Fernandes e Bruno Souza de Albuquerque, tratou de legislação e da atuação de cada profissional, brigadistas particulares, voluntários e formação dos bombeiros comunitários.
A segunda palestra, Animais Peçonhentos, com o professor Amilton Berkenbrock, foi um show à parte. Ele levou aranhas, sapos e cobras vivas para tratar do tema. O público interagiu, segurando os animais e conhecendo as características de cada um. Amilton disse que a região é propícia para diversos animais peçonhentos, mas falou que são importantes para prevenir o controle de doenças. “As serpentes comem os ratos, responsáveis por transmitir mais de 40 tipos de doenças” frisou. Ele ainda tratou de mariposas e águas-vivas. No Brasil, segundo ele, a caravela foi a campeã em acidentes durante o último verão. “É venenoso, mas não peçonhento. Vinagre é indicado para aplicar na região afetada ou areia seca. O problema está em coçar, não se deve coçar” explicou.
Quanto às aranhas no Brasil existem 2.200 espécies e as duas mais perigosas existem na região: aranha marrom e aranha armadeira. “A marrom é a mais perigosa de todas. Não se sente a dor da picada, mas cinco dias depois se vê o resultado. O local começa a ficar necrosado” alertou. Da armadeira, o professor falou que está presente nas plantações de bananas. O palestrante disse que elas não morrem com dedetizações e reforçou a importância das lagartixas na cadeia, que se alimentam de aranhas. “Altitude e baixa temperatura são favoráveis para aranhas marrons”.
Sobre as cobras, Amilton contou que no Brasil existem 358 espécies. Destas, 284 não são perigosas, 20 moderadamente perigosas, 54 perigosas (27 venenosas e 27 são víboras). “Se picado, é importante lavar o local com sabão antisséptico e procurar um médico. Não se faz mais nada, não amarra, nem se fura o local da mordida” alertou. Amilton disse que o veneno da coral, que é a mais perigosa, é 20 vezes maior que a da jararaca.
Fechando a manhã do 1º Encontro de Brigadistas, os participantes acompanharam ainda, a exposição de equipamentos de combate a incêndio e de Equipamento de Proteção Individual (EPI) de combate a incêndio, da Empresa SOS Sul.
Sapos – ele ainda falou dos sapos, rãs e pererecas, dizendo que o único que possui veneno é o sapo, que só o usa se provocado. “A bolsa de veneno que o sapo possui, se usado e atingir os olhos, a pessoa fica cega” alertou. Os sapos, conforme o professor, estão desaparecendo devido à alta utilização de agrotóxicos. “Ele come 2.000 insetos por noites” contou.
Apoiadores e patrocinadores – o 1º Encontro de Brigadistas Voluntários e Particulares de São Bento do Sul e região contou com o apoio do Corpo de Bombeiros de São Bento do Sul, da SOS Sul, da Batuque Som e Luzes. Foram patrocinadores, Bombeiros Voluntários de São Bento do Sul, Belém Supermercados e Casa do Extintor.