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Diretor da entidade e do Sinplasc, Humberto Fascin apresentou dados relacionados à atividade e defendeu ações de incentivo ao reuso e à reciclagem.
A indústria de transformados plásticos registrou R$ 2,5 bilhões em faturamento no ano passado, na região Sul do Estado, com 240 empresas do segmento respondendo por 11,5 mil empregos. Os dados são do Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul Catarinense (Sinplasc) e foram apresentados aos diretores da Associação Empresarial de Criciúma (Acic) nessa segunda-feira, 28.
A apresentação ficou a cargo do empresário Humberto Marcon Fascin, fundador da Plascin Soluções em Plásticos, diretor do sindicato e também diretor da Acic, que além de ressaltar a importância econômica da atividade apontou características relevantes desse material.
“O plástico é um dos materiais mais importantes para o nosso dia a dia. Leve, versátil, resistente, acessível e de alta durabilidade. Prolonga a durabilidade de alimentos e facilita seu armazenamento em porções. Está muito presente também na área da saúde, seja em produtos médicos e odontológicos ou em equipamentos de proteção”, reforça.
“Mesmo assim, temos projetos de lei no nosso estado e no país que visam banir o plástico. Entendemos que esse não é o caminho. Através do Sinplasc, da Acic, de outras associações empresariais, de parlamentares, trabalhamos para apresentar uma nova proposta para transformar o pós-consumo. A transição justa é a palavra-chave dessa questão do mercado de plástico”, considera Fascin.
Reuso e reciclagem
O empresário defende a criação de incentivos para aumentar o reuso e a reciclagem, visto que, no mundo, apenas 5% da produção de plástico é reciclada. No Brasil, o percentual cai para 3% e somente 25% de todo o material consumido em descartáveis retorna por meio da reciclagem.
“Tendo o destino adequado – reuso, reciclagem – o plástico pode ser considerado um dos melhores materiais para o meio ambiente. Quando descartado corretamente, pode ser reciclado múltiplas vezes, transformado em novos produtos, servindo como substituto de recursos naturais, a exemplo da madeira, ou ser usado na geração de energia”, cita.
“Mas para isso acontecer em maior escala, é necessário incentivar a cultura da reciclagem e melhorar a infraestrutura da economia circular”, completa Fascin.
A indústria de reciclagem de plásticos no Brasil fechou 2023 com 1,6 mil empresas em operação e 15,4 mil empregos. De todo resíduo plástico gerado no ano, o percentual foi de 25,6% retornando ao mercado como resinas recicladas pós-consumo. Já a produção física de plástico pós-consumo reciclado ficou em 1,1 milhão de toneladas.
Plascin
Fundada em 2011, a Plascin iniciou as operações no ano seguinte, tendo como foco a indústria, inicialmente para atender os laticínios do Brasil e as demandas da região na terceirização de produtos injetados.
Ao longo do tempo, e com o surgimento de novas demandas, ampliou seu portfólio e expandiu a estrutura física para três unidades, com parque fabril de mais de 6 mil metros quadrados. Atualmente, oferece conformação e rosca para canos de PVC, moldagem por injeção e rotomoldagem.
“Estabelecemos parcerias importantes, com empresas como a Plasson, que está conosco desde o início, na terceirização, e foi fundamental no crescimento da nossa empresa. Foi a partir da necessidade da Plasson que investimos na rotomoldagem. Nosso foco continua sendo oferecer soluções para a indústria e temos muito a crescer nesse setor”, comenta Fascin.
“Às vezes, não temos ideia da estrutura e da grandeza das empresas da nossa região. Com essa iniciativa de convidar as organizações para que apresentem seu trabalho aos diretores da Acic, temos a oportunidade de conhecer importantes empresas, como a Plascin. Vimos uma gestão moderna, atual”, enaltece o presidente da Acic, Valcir José Zanette.