Promover um crescimento sustentável, valorizando os aspectos naturais e preservando o meio ambiente são assuntos inclusos na Proposta Preliminar de Recuperação Ambiental e Reintegração Social de um trecho do Rio do Tigre em Joaçaba que foi apresentado no início desta semana à diretoria da Associação Comercial e Industrial do Oeste Catarinense (ACIOC). O trecho inicial a ser recuperado compreende da Ponte localizada na Avenida Getúlio Vargas, ao lado do Clube 10 de Maio, até a sua foz, no Edifício Bragagnolo.
O projeto foi apresentado pelo professor Ricardo Menezes, presidente do Comitê do Vale do Rio do Peixe. De acordo com o documento, a recuperação ambiental e reintegração social de parte do Rio do Tigre tem como objetivo reinserir o rio no cotidiano social da comunidade joaçabense e da região a fim de estreitar os laços e melhorar a qualidade ambiental do espaço urbano. Todo o projeto buscará fundamento na legislação permanente do município e, em especial, na Resolução 369/2006 do Conselho Nacional do Meio-Ambiente (CONAMA). “Na maioria das vezes, os rios passam desapercebidos em nosso cotidiano. Precisamos prestar atenção na importância que eles têm no convívio social, fortalecendo o cuidado e criando políticas públicas favoráveis a recuperação de todo o leito”, explicou Menezes.
Entre os objetivos específicos da proposta apresentada na ACIOC, está a caracterização das margens como espaços públicos, bem como, maximizar a quantidade de acessos ao Rio, recuperar a sua visualização, explorar o rio como caminho, incentivar as atividades comerciais e de prestação de serviços sustentáveis ao longo do seu leito e incentivar a revitalização das edificações lindeiras. “São propostas iniciais que pretendem, em longo prazo, promover a recuperação de todo o Rio do Tigre com o intuito de torná-lo presente na vida das pessoas”, completou.
A presidente da Associação Empresarial, Tânia Durigon, avaliou de forma positiva a proposta apresentada. “Acreditamos muito no potencial das nossas cidades e, por esse motivo, precisamos alinhar os interesses sociais e econômicos à sustentabilidade e a preservação dos nossos recursos naturais. A apresentação da proposta foi apreciada por toda a diretoria e voltará a pauta na reunião do dia 11 de julho, onde serão debatidos e definidos as prioridades que constarão no Voz Única através da Oficina: Sistemas de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável Municipal da Fecam. Precisamos crescer com sustentabilidade e qualidade de vida”, avaliou.
O orçamento inicial para o desenvolvimento do projeto executivo é aproximadamente R$ 300 mil com possibilidade da busca de recursos nas esferas estadual e federal. Pelo levantamento inicial, para a execução do projeto seriam necessários apenas 10% do valor total como contrapartida do município.