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A Facisc (Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina), por meio da vice-presidência regional Extremo Oeste, e a Ameosc (Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina) reuniram-se na manhã desta quinta-feira, 21 de janeiro, na sede da Assemit (Associaçao Empresarial de Itapiranga), para articular ações conjuntas e desenvolver um plano de trabalho efetivo para a construção da ponte entre os estados do RS e SC na divisa entre os municípios de Barra do Guarita, no Rio Grande do Sul e Itapiranga, em Santa Catarina.
Articulada pelo presidente da Assemit, Lucir Guareschi e pelo vice-presidente regional da Facisc, Maikel Frey, a reunião contou com a presença do presidente da Ameosc, Edilson Miguel Volkweis, do secretário executivo da entidade, Airton Fontana, do prefeito de Itapiranga, Alexandre Ribas, do vice-prefeito, Nilo José Bourscheidt, e do secretário de desenvolvimento econômico e Turismo, Renato Eidt, entre outros representantes das entidades envolvidas.
Na oportunidade o vice-presidente Maikel Frey fez um convite a Ameosc para que sensibilize os novos prefeitos eleitos para defenderem pleito e que a intenção da regional da Facisc é buscar a efetividade desta pauta. “É um pleito importante para o setor econômico que busca sua efetivação há mais de quatro décadas. É também um dos cinco pleitos fundamentais para o desenvolvimento regional elencados pelas associações empresariais da região no documento Voz única da Federação. Nossa proposta é puxar a frente nesta retomada efetiva da pauta para sensibilizar representantes do setor público e conseguir a efetivação do projeto e posteriormente a construção da ponte”.
O presidente da Assemit, Lucir Guareschi, reforçou a necessidade de alguém tomar a frente e de fato assumir a busca pela ponte. Ressaltou que as ações não reiniciaram somente agora, mas que compreende a data como um marco para a retomada do pleito.
A Ameosc e Amuceleiro vem discutindo o tema e chegaram a criar uma comissão, mas que a pauta ficou adormecida e precisa ser retomada. Para Lucir, a integração que acontece ainda num modelo primário através de uma balsa, impacta significativamente o desenvolvimento regional dos dois estados que se colam a Argentina fazendo fronteira internacional. “As possibilidades turísticas são amplas, já que muito próximo está o maior alto longitudinal do mundo, o quase desconhecido Salto do Yucumã, entre outros atrativos, como a tradicional Oktobertfest que tem seu berço nacional na região, parques termais e inúmeros outros que poderiam ser potencializados. Mas este não é o principal gargalo da economia local”, ressaltou.
Para Guareschi, a logística é de longe o que mais impacta, já que sem competitividade, empresas não conseguem crescer e outras migram e investimentos deixam de acontecer sem que sequer a região tome conhecimento. “A ponte permite que deixemos de ser fim de linha e passemos a ser corredor e a produção pode ser escoada para todos os lados”, enfatizou.
Com dados estruturais apresentados pela consultora de atuação regional da Federação, Márcia Tonet, ficou estabelecido que será feita a construção de um plano de trabalho conjunto, com metas claras e sustentáveis, integrando poder público e privado na sensibilização e efetivação da ação para não continuar a ser mais uma pauta defendida por sequenciais governos, mas nunca levada adiante ou encampada com força efetiva.
Para o prefeito de Itapiranga, Alexandre Ribas, afirmou que a administração municipal fará tudo que estiver ao alcance do município, em apoio ao avanço do projeto da ponte sobre o rio Uruguai. Ele destacou que a execução da obra representa progresso para Itapiranga e para toda a região, pois será um fator determinante de desenvolvimento e crescimento.”É preciso sensibilizar os municípios da região sobre os benefícios que a ponte trará, a fim de ampliar a mobilização e a união de forças em favor do projeto. É fundamental que os municípios da região toda, incluindo as quarenta cidades das duas regiões, compreendam e tenham claro que isso não é um pleito da Itapiranga e Barra do Guarita, mas tem que ser visto, entendido e sentido como um pleito regional”, salientou.
Volkweis, representando a Ameosc se comprometeu em levar o pleito já na próxima reunião de entidade e colocar sob a apreciação dos demais municípios para articularem juntos a viabilização de ações e a continuidade da articulação com a Amuceleiro.
A soma de forças no movimento pró-ponte tende a crescer com a integração da Facisc no pleito, porém além da mobilização das entidades o projeto precisa avançar nas tratativas entre os governos. Maikel Frey finalizou lembrando que a federalização da RS 163, que está sendo defendida pela Amuceleiro no governo gaúcho e da SC 163, do lado catarinense são fundamentais para a obra.
Uma nova reunião que deve ocorrer entre Facisc e Amuceleiro no próximos dias, assim como a articulação com o Senado e Câmara Federal.