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Botuverá viveu uma noite histórica nesta quarta-feira, 12 de julho. O 2º Jantar de Ideias, promovido pelo Núcleo de Empresários de Botuverá, que integra a Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (ACIBr) reuniu lideranças políticas e empresariais de Santa Catarina, para prestigiar a palestra “Desafios e demandas”, ministrada pelo secretário Estadual de Infraestrutura, Jerry Comper. O evento, realizado no Restaurante Porto Franco, contou ainda com o ato solene de repasse de um terreno, feito pela prefeitura de Botuverá à Celesc, para a construção da primeira subestação de energia do município.
“São três momentos que merecem destaque. O primeiro, a consolidação do Jantar de Ideias como um grande evento do Núcleo de Empresários de Botuverá. O segundo, a assinatura de um documento que oficializa a entrega de um terreno à Celesc. E, o terceiro, a palestra com o secretário Jerry Comper, sobre os investimentos previstos em infraestrutura para a região”, afirma a presidente da ACIBr, Rita Cassia Conti.
Segundo ela, o Governo de Santa Catarina tem se mostrado aberto ao diálogo com a classe empresarial, através da sociedade civil organizada. “E essa ponte entre o setor público e privado é algo que a ACIBr faz com muita credibilidade, em quase 90 anos de história. São melhorias que buscamos em infraestrutura, energia, saúde, segurança pública e demais áreas que impulsionam o desenvolvimento regional”, destaca a presidente.
O coordenador do Núcleo de Empresários de Botuverá, Edson Rubem Müller, mais conhecido como Pipoca, classificou o evento como “ímpar” na história do município. “Vivemos em uma cidade que cresce no consumo de energia, conforme dados apresentados pela própria Celesc. Isso se justifica pela indústria de fiação e de calcário, que dependem de qualidade e estabilidade no abastecimento elétrico”, afirma.
Para ele, a conquista vem acompanhada de responsabilidade. “Iniciamos este movimento em 2021 e foram muitas viagens até Florianópolis. O presidente da Celesc também esteve em Botuverá e conheceu nosso parque fabril. Era necessário que todos tivessem o entendimento do quanto a cidade precisa de uma subestação. Com o repasse do terreno, a expectativa é que a obra ocorra em até 24 meses e vamos cobrar por esse prazo”, destaca.
Subestação de energia
Presente no Jantar de Ideias, o presidente da Celesc, Tarcísio Estefano Rosa, revela que a obra terá o investimento de R$ 70 milhões e uma repercussão imediata na qualidade da energia fornecida. “Em Botuverá registramos uma demanda reprimida, ou seja, máquinas estão paradas porque não se tem energia suficiente. Esta é uma das regiões que mais cresce em relação ao estado, assim como Santa Catarina cresce mais do que a realidade brasileira. Por isso, o nosso papel é disponibilizar este recurso, fundamental para o aumento da arrecadação, da geração de empregos e de renda”, diz Rosa.
Já o diretor técnico da Celesc, Cláudio Varella, pontua os próximos passos da subestação em Botuverá. “Ao receber o terreno, damos início ao licenciamento ambiental, definindo o trajeto da linha e a forma de construção. Com os alvarás emitidos, iniciamos a licitação, seguida pela obra, estimada entre 18 e 24 meses. Com o início da operação em Botuverá, a subestação do bairro Rio Branco terá sua capacidade de energia ampliada para Brusque e Guabiruba. Desta forma, toda a região será beneficiada”, ressalta.
O prefeito de Botuverá, Alcir Merízio, enaltece a parceria do poder público e da iniciativa privada. “Hoje percebemos a importância de um trabalho construído por várias mãos e quem mais se beneficia desta união em prol de uma causa comum é a população”, revela.
Desafios e demandas
No ano passado, Jerry Comper participou da primeira edição do Jantar de Ideias de Botuverá, enquanto deputado estadual. Agora, ele voltou ao município, para detalhar as obras de infraestrutura previstas pelo governo do Estado à região.
“Percorremos Santa Catarina e elencamos mais de 600 prioridades. De imediato vamos fazer as terceiras faixas para o trânsito de veículos pesados, nas rodovias de Botuverá e Nova Trento”, adianta o secretário.
Jerry também citou a Rodovia 486, esse “grande corredor” que liga o Alto Vale ao litoral (BR-101). “Temos mais de 30 quilômetros de estradas não pavimentadas, com um fluxo muito grande de caminhões, devido à operação de duas mineradoras e uma fábrica de cimento. O projeto já existe, mas precisa ser atualizado. Uma obra desta envergadura depende de financiamento”, detalha.
De acordo com o secretário, outra frente de trabalho é a revitalização da Rodovia Ivo Silveira, entre Brusque e Gaspar. As melhorias da malha viária devem iniciar em agosto. Por fim, a ligação entre Guabiruba e Blumenau está no radar da secretaria, mas ainda dependerá de projeto.