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No cenário empresarial brasileiro, onde cerca de 90% das empresas têm perfil familiar e empregam aproximadamente 75% da população, a questão do planejamento sucessório se torna crucial. Assim, o Núcleo de Empreendedores Jurídicos da Associação Empresarial de Lages recebeu a advogada Tâmara C. Lima para debater sobre planejamento sucessório empresarial e contrato social na reunião da última terça-feira, 20 de fevereiro.
A dinâmica familiar muitas vezes se mistura com a gestão dos negócios, mas os desafios são evidentes: apenas 25% das empresas conseguiram sobreviver entre 2008 e 2018 e somente uma em cada quatro empresas se mantém ativa por mais de 10 anos. Os MEIs e Ltdas representam 94% das empresas brasileiras, o que destaca a importância de se compreender o contrato social como base estrutural do negócio.
Segundo as informações repassadas por Tâmara, o contrato social é mais do que um documento burocrático; é ele que sustenta a longevidade e a estabilidade da empresa. Por isso, o documento deve responder algumas perguntas cruciais: como apurar o valor do meu negócio; qual o papel de cada sócio na empresa; o que acontece quando um sócio falece; o que acontece se meu sócio passa por um divórcio; regras de exclusão.
Para finalizar, ela reforçou a importância de reconhecer que advogados e contadores desempenham papéis distintos e essenciais na constituição da empresa e que estar preparado para as adversidades não é pessimismo, ao contrário, o planejamento traz a garantia de longevidade e estabilidade ao negócio.