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Com todas as metas atingidas – especialmente as variáveis de público comprador e volume de negócios prospectados ou fechados – encerrou nesta sexta-feira em Chapecó a décima-segunda edição da Mercoagro (Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne). O número de visitantes-compradores ultrapassou 17.000 e as negociações fechadas foram estimadas em 350 milhões de reais. Classificada como a maior do setor na América Latina, a feira foi organizada pela Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) no Parque de Exposições Tancredo Neves, na cidade-polo do grande oeste catarinense.
“A expressiva venda de bens de produção registrada na Mercoagro indica que os empresários da indústria estão dispostos a investir e que o País pode sair rapidamente da crise”, analisa o presidente da ACIC Cidnei Luiz Barozzi. O dirigente observa que essa leitura está, em grande parte, condicionada ao resultado do processo político-eleitoral.
Depois de festejar o “consistente sucesso da feira”, Barozzi assinala que o agronegócio e a agroindústria da carne vão puxar a retomada do crescimento. Destacou que no quarto ano em que a crise econômica assola vastas áreas da atividade, a Mercoagro apresenta-se com vitalidade ímpar. “Não apenas porque todos os espaços se esgotaram, mas, essencialmente, porque esse evento traduz a ação, o dinamismo e o arrojo de uma das maiores e mais complexas cadeias produtivas da economia brasileira, com a presença dos principais atores do mercado”, realça.
O diretor de feiras da ACIC e presidente da Mercoagro 2018, Bento Zanoni, proclamou que essa “foi a melhor edição de toda a série histórica”. Para ele, as empresas de processamento da carne sabem que a feira tornou-se o grande ponto de encontro do setor para troca de experiências e gestão, abertura de mercado, lançamento de novos produtos, apresentação dos avanços em robotização e automação industrial, além da transmissão de conhecimentos com seminários científicos. “É um evento essencial na preparação de pessoas para compreender e atender os novos desafios, conquistar novos mercados e manter os atuais”, expõe.
Para o coordenador operacional Nadir Cervelin, “a feira confirmou sua vocação como celeiro de bons negócios do setor”.
Como reflexo dos resultados positivos, 80% dos expositores renovaram pedido para expor na 13ª edição, em setembro de 2020, de acordo com levantamento da Enterprise, empresa contratada para comercializar os espaços aos expositores. “Os empresários renovaram contratos porque a feira atingiu plenamente o objetivo de vendas”, mostra a diretoraMaria Antônia Ferreira.
A feira contribuiu com a criação de aproximadamente 3.000 empregos temporários e injetou R$ 14 milhões na economia local e regional. Reuniu 198 expositores (em 15.000 metros quadrados de área) que representaram 250 marcas com presença de empresas da Alemanha, Argentina, Áustria, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Paraguai, Uruguai, França, Islândia, entre outros países. Recebeu visitantes de 16 países.
Durante a Mercoagro, empresas fornecedoras dos mais diversos setores da indústria mundial da carne apresentaram suas inovações, entre eles refrigeração, automação industrial, ingredientes e aditivos, embalagens, transporte e armazenagem, equipamentos e acessórios. Também participaram da exposição fabricantes de máquinas, equipamentos, implementos, insumos e instalações para todas as etapas do processo industrial, desde o abate até o embalamento, congelamento, higiene, segurança e análise de processos.