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Os empresários representantes das associações empresariais do Extremo Sul catarinense reuniram-se nesta terça-feira (28/3), em Urussanga, para atualizar e alinhar os próximos passos para resolver as demandas da região.
No encontro os representantes conheceram o estudo feito pelo Centro de Inteligência e Estratégia da Facisc, sobre a pavimentação da BR 285 (todo o trecho, incluindo o trecho faltante no estado do RS entre o município de São José dos Ausentes e a divisa com o estado de Santa Catarina.
A rodovia é considerada o corredor bioceânico do Mercosul, fazendo a ligação entre o porto de Imbituba, no Atlântico, e o porto de Antofagasta, no Chile, no oceano Pacífico. Com a conclusão da obra, novas perspectivas de logística, transportes e desenvolvimento econômico são prospectadas pelas lideranças regionais.
O encontro contou com a presença do secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck, do deputado Ricardo Guidi, representantes dos deputados Jessé Lopes e Daniel Freitas e da deputada Júlia Zanatta, e o coordenador de infraestrutura da Regional Sul, Ademir Honorato, representando o secretário Jerry Comper, secretário da Infraestrutura.
Representando o secretário Jerry Comper, o coordenador de infraestrutura da Regional Sul, Ademir Honorato, relatou que no governo anterior foram iniciadas muitas obras, porém, cerca de 80% das obras iniciadas no governo anterior não foram finalizadas. “O desafio desse governo é identificar essas obras em todo o estado para ver principalmente a questão da verba, pois tem muitas obras iniciadas e tem muitas demandas vindo das cidades”, relatou.
Após a apresentação do estudo da Facisc, o deputado Ricardo Guidi relatou que também esteve em reunião com o governo do Estado e o DNIT e confirmou que realmente o orçamento já está liberado. “Saímos otimistas da reunião. Os 23 milhões para concluir a obra estão liberados e também há orçamento de 35 milhões previstos para finalizar o lado gaúcho. Por isso é importante fazer a articulação com a bancada de Santa Catarina e a bancada do Rio Grande do Sul para que se consiga finalizar esse pleito da BR 285”, declarou.
O parlamentar comentou também que já estão sendo investidos recursos na área de segurança pública em todo o Estado, com a tecnologia para câmeras e a própria questão de carros para os policiais militares e civis.
O deputado Ricardo Guidi lembrou que Santa Catarina é o sexto estado que mais entrega recursos para Brasília, no entanto é o 26.º que recebe de volta os valores em impostos. “Comparados a outros estados, não temos tanta representação política lá em Brasília ainda. Então, algumas coisas acabam demorando mais do que o desejado”, ressaltou.
O secretário Silvio Drevek trouxe informações sobre a secretaria que está sendo estruturada. “Estamos com uma proposta mais voltada para micro, médias e pequenas empresas e com isso queremos implantar o Pronampe Catarinense. Além disso, também estamos pensando em criar um programa para a área rural. Isso seria uma exclusividade de Santa Catarina. Queremos fazer isso através do Badesc, mais voltado para as cooperativas de crédito e ao mesmo tempo criar um fundo garantidor que vai emprestar os valores com taxas de juros mais baixas”, relatou.
Segundo o secretário, também tem recebido muitas demandas dos municípios relacionadas à área da infraestrutura e estão trabalhando em conjunto com a Secretaria de Infraestrutura.
Preocupado com a questão do gás no Sul, o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), Valcir José Zanette, disse que hoje o gás está 22% mais caro no Sul do que no Estado de São Paulo. “Essa é uma questão fundamental para alavancar os negócios da região”, defendeu o representante.
Por fim, os empresários também questionaram os líderes políticos sobre outras questões como por exemplo, a flexibilização das legislações ambientais, sanitárias e dos bombeiros, o acesso ao capital financeiro e humano e a questão dos portos e aeroportos do Sul.