Um mercado que está movimentando cerca de 3 bilhões de reais em compra de insumos, produtos e prestação de serviços para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016. Esse foi um dos grandes atrativos apresentados pelo Chama Empreendedora, evento promovido pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e pelo Sebrae Nacional, com o objetivo de estimular negócios em torno dos eventos olímpicos e pela passagem da Tocha nas cidades brasileiras, além de incentivar a capacidade exportadora de micro e pequenos empresas.
Florianópolis recebeu a etapa catarinense do Chama Empreendedora na última quarta-feira, 27 de abril. O evento foi realizado na sede da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF). A capilaridade da rede de mais de duas mil associações comerciais espalhadas pelo país é um dos meios utilizados pelo projeto para impulsionar e incentivar o empresariado local. “A grande rede nacional das associações pode contribuir muito com os pequenos e médios negócios locais e ajudar a se beneficiarem desses megaeventos. É uma aposta no associativismo”, diz o presidente da ACIF, Sander DeMira. Segundo o coordenador de Assuntos Internacionais da entidade, Felipe Zaleski, “o momento econômico nacional pede mais criatividade dos empresários, então buscar novos mercados é uma ótima forma de expandir e desenvolver os negócios”, destacou.
Durante o evento foram apresentadas ferramentas e programas para facilitar o acesso das empresas a mercados internacionais, como o Exporta Fácil dos Correios e o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) do Ministério da Indústria e Comércio Exterior. O Sebrae, que é parceiro do Comitê Organizador Rio 2016 para contratação das empresas fornecedoras para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, apresentou o Sebrae no Pódio, um portal para cadastro de empresas de todo o país que queiram participar do processo e aproveitar as oportunidades de negócios geradas pelos megaeventos esportivos. Até agora cerca de 12 mil empresas já foram cadastradas, 300 delas de Santa Catarina. Entre as catarinenses, cinco já estão aptas a negociarem seus produtos e serviços para o Rio 2016. “Esse é um dos grandes legados econômicos que serão deixados pela realização dos jogos no Brasil. Um grande número de empresas capacitadas, certificadas internacionalmente e com acesso facilitado a novos mercados”, explicou Francisco José Marins Ferreira, coordenador do Sebrae no Pódio. Para Soraya Tonelli, coordenadora do Sebrae/SC na Regional da Grande Florianópolis, “além do diferencial de ter participado dos negócios de uma Olimpíada, que é um grande selo de qualidade, as empresas, com todas as certificações, já estarão pré habilitadas para futuras exportações”, completou.
Foto: Renato Gama