A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) manifestou preocupação com a forte redução dos investimentos previstos pelo Governo Federal para as obras de infraestrutura do Estado em 2026. O posicionamento foi encaminhado ao ministro dos Transportes e aos parlamentares catarinenses.
Segundo a entidade, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) traz um volume de recursos muito abaixo das necessidades reais das rodovias federais que cruzam Santa Catarina. A previsão de R$ 506,3 milhões para o próximo ano representa, de acordo com a Facisc, um retrocesso em relação ao histórico recente de investimentos.
O presidente da Facisc, Elson Otto, afirma que o corte não condiz com a relevância econômica do Estado.
“Santa Catarina contribui substancialmente para o PIB brasileiro, gera empregos, inovação e contribui de maneira expressiva com o país. Não faz sentido recebermos um orçamento tão reduzido para obras que são vitais para a segurança e para o escoamento da produção”, destacou.
A entidade lembra que Santa Catarina já provou ter capacidade técnica e operacional para executar valores muito superiores aos previstos para 2026.
“O Estado consegue entregar até R$ 1,1 bilhão em obras rodoviárias federais com eficiência e transparência. A redução para menos da metade desse valor não reflete o potencial de entrega do Estado e tampouco a urgência dessas obras”, reforçou Otto.
Além da diminuição de recursos federais, a Facisc também chama atenção para o baixo volume de verbas destinadas pela bancada catarinense no Congresso Nacional. Apenas R$ 1,5 milhão foi direcionado pelos parlamentares para as BRs 282, 470 e 280, montante considerado “claramente insuficiente” diante da complexidade dos projetos e da importância logística desses corredores para o abastecimento e escoamento de cargas.
Para a Facisc, o quadro preocupa e exige mobilização.
“Santa Catarina precisa de uma infraestrutura moderna, segura e compatível com sua força econômica. Vamos continuar atuando de forma propositiva para que o Estado receba investimentos à altura de sua importância estratégica para o Brasil”, finaliza Otto.




