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A continuidade do processo de revitalização da SC 305, que teve a ordem de serviço cancelada no mês de janeiro, pelo governador Jorginho Mello, na justificativa de baixar o custo da obra, foi discutida na noite desta quinta-feira (30/03) em reunião dos representantes empresariais do Noroeste catarinense.
No encontro, o vice-presidente da Facisc na região, Deni Luciano Boito, expôs o estudo organizado pelo Centro de Inteligência e Estratégia da Facisc, que atua na análise, monitoramento e endereçamento dos pleitos de interesse do sistema empresarial para o diálogo proativo e responsável com o poder público e a sociedade.
O material traz detalhes sobre a importância da SC 305 como uma importante rodovia que liga o Paraná com Santa Catarina e que tem 28 km de pista intransitável entre Campo Erê e São Lourenço do Oeste.
O pleito é defendido há mais de 15 anos e segundo Boito, em 2010 a rodovia já estava bastante esburacada e sofria com a falta de conservação. Em 2013, após protestos , manifestações e abaixo-assinados, o Estado aportou R $300 mil na operação Tapa Buracos
A definição da empresa para a elaboração do projeto, só saiu definitivamente em 2020. De lá para cá, a empresa elaborou o projeto e no segundo semestre de 2022 após uma primeira licitação deserta, foi feita uma revisão e expansão, com extensão do valor, e uma nova nova licitação ocorreu, onde a Construtora Luiz Costa, de Mossoró/ Rio Grande do Norte foi contratada para a execução da Obra. “A comunidade festejou e em dia glorioso, o então governador Carlos Moisés deu a Ordem de serviço com um investimento de 119,4 milhões, com terceiras faixas e pavimento rígido. Quando a comunidade acreditou que a obra sairia do papel, veio um cancelamento inesperado da ordem de serviço pelo governador Jorginho Mello em janeiro de 2023”, relatou o representante regional.
O encontro contou com a presença do diretor regional da Secretaria de Estado de Infraestrutura Regional de São Miguel do Oeste, Everaldo Di Berti, que assumiu a pasta no início do ano. Ele explicou que está tomando conhecimento dos problemas da região e expôs que esteve em Florianópolis esta semana em busca de respostas para a obra que está entre as três prioridades desta região, junto com a SC 160 Modelo/Bom Jesus e a SC 283 entre São Carlos e Palmitos que também está com as obras paradas.
Di Berti garantiu que não será necessário um novo projeto e que o Estado está fazendo a readequação do projeto para pavimento asfáltico, a fim de reduzir o custo da obra. “Até a metade deste ano a obra será licitada novamente, e acredito que não deve ocorrer processo judicial com a empresa anterior. Desde fevereiro de 2022 não há estradas sendo feitas na rodovia e o atual contrato de manutenção vence no final de abril, quando então será aberto um novo processo com novas regras, mais efetivas para que o trabalho seja efetivado de maneira mais adequada”, explicou o diretor.
Os empresários entregaram um ofício ao diretor Di Berti, solicitando a pavimentação asfáltica de dois trechos que somam 36 km entre União do Oeste e São Domingos, passando por Quilombo.
Na ocasião, o vice-presidente regional Extremo Oeste, Maikel Frey informou que abandonou o projeto piloto da região para discussão coletiva de taxas de cartão que está em andamento, e pediu o apoio das Acis para fortalecer a ação que visa melhorar a competitividade das pequenas empresas às associadas as acis da regional para melhorar as taxas que pagam para as operadoras, atendendo o custo através da soma do faturamento.
Outras demandas internas e a questão da falta de investimento e profissionais para a Segurança Pública da região de Campo Erê também foram abordadas na reunião.
O encontro reuniu mais de 60 empresários da região e também contou com a presença do 1º vice-presidente regional Elson Otto, dos Diretores da Facisc Sergio Matte (Relações Internacionais), Marcos Voltolini ( Comércio Exterior), Allan Kreutz (Empreender), além da Presidente do CEJESC, Pamela Schons e da vice-presidente regional do Cejesc, Laura Pansera.
Além da plenária, os empresários tiveram a oportunidade de fazer uma visita técnica na indústria do Grupo Dass em Campo Erê e observar a potência da empresa que produz marcas como Fila, Umbro, Nike entre outras internacionais, e entender o quanto ela participa e contribui no desenvolvimento econômico da cidade.