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Os presidentes das associações empresariais do Norte catarinense trouxeram à baila um tema antigo, mas de extrema importância para a região, a infraestrutura. A duplicação da BR-280 e a Transposição do Canal do Linguado, que dará a abertura do canal de acesso aos portos de São Francisco do Sul e de Itapoá, foram temas de Reunião Plenária Regional da Facisc realizada nesta terça-feira, 13/4.
O evento contou com a presença do deputado federal, Carlos Chiodini, que assumiu recentemente presidência da comissão de Aviação e Transportes da Câmara dos Deputados. Ele falou da difícil equação de investir em obras públicas neste momento em que o Estado brasileiro tem que assumir frente ao combate à pandemia. “A duplicação da BR 280, a transposição do Canal do Linguado e todas as obras de infraestrutura necessárias para o Norte Catarinense e para todo o nosso estado”. Segundo o deputado o Lote 1, de são Francisco do Sul a BR 101é o mais atrasado.
O presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, prestigiou o encontro e lembrou que Santa Catarina contribui com cerca de 60 bilhões em impostos repassados ao Governo Federal, porém não recebe não recebemos nem 9 bilhões. “Felizmente temos representantes a altura para levar e defender nossos pleitos. Por isso acredito que podemos melhorar este fluxo”, declarou Sérgio.
O vice-presidente Regional Norte da Facisc, Alcidir Boaretto, alertou para o aumento dos preços das obras. “Tivemos um aumento de cerca de 54% nos preços dos insumos para obras”, destacou para complementar a fala do deputado Carlos Chiodini sobre os altos custos das obras de infraestrutura na região. “A duplicação tem orçamento de 370 milhões de reais sem considerar esses aumentos. Em 2020 foram pagos 20,8 milhões e são previstos cerca de 17 milhões em 2021”, exemplificou o deputado.
Na ocasião o gerente de Meio Ambiente da SCPAR/SFS, Oscar Schimdt Neto apresentou as informações técnicas sobre Canal de Acesso Aquaviário da Baia da Babitonga e o professor Cláudio Rodolfo Tureck trouxe aos representantes alguns pontos importantes relacionados a reabertura do Canal do Linguado que se arrasta há décadas. “O fechamento do canal gerou impactos ambientais nos organismos aquáticos e o processo de abertura foi extinto sem julgamento do mérito. Hoje temos o grupo Pró Babitonga com representantes de vários setores da sociedade para desenvolver projetos e subsídios para a tomada de decisões em relação a reabertura do canal”, relatou.
“São correntes conflitantes. Mas estamos no estágio de ver os impactos. Sem isso será difícil avançar. O assunto é de extrema relevância do assunto para todos. Precisamos resolver esse impasse de mais de 20 anos o mais rápido possível. Podem contar com a Facisc nesta causa”, concluiu o presidente da Facisc.