Cidnei Barozzi, Nelson Akimoto, Lenoir Broch e Helon Rebelatto relataram a trajetória de seus biênios como presidentes da ACIC.
“Gestão e Desafios: Realizações de Líderes Empresariais” foi o tema escolhido para o Programa Vida Empresarial deste ano promovido na última terça-feira (24), pela Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Chapecó (ACIC) e pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), no Salão Nobre da instituição de ensino. Os ex-presidentes da associação empresarial Cidnei Barozzi, Nelson Akimoto, Lenoir Broch e o atual presidente Helon Rebelatto foram os convidados para essa edição e explanaram sobre momentos desafiadores, mas o quanto o associativismo resulta em soluções.
Barozzi sublinhou que o mercado sempre é desafiador. A gestão está crescendo constantemente e em aprimoramento, tanto dentro de uma empresa quanto dentro da ACIC. “Quando chega o momento de assumir a cadeira de presidente é um desafio puxar a entidade e movimentar o setor empresarial. Estamos falando de mais de 1.500 associados, e eles delegam essa confiança para que possamos defender seus interesses.”
Um dos principais marcos da gestão de Barozzi, 2018/2019, foi o fortalecimento dos núcleos, que são os grupos de empresários participantes ativos na associação. Ele ressaltou a melhoria da integração entre a diretoria e os nucleados, superando um distanciamento que existia antes. Além disso, mencionou a criação do evento ACIC+Gestão, que trouxe palestrantes renomados para Chapecó, oferecendo aos empresários e executivos a oportunidade de acessar conteúdos relevantes sem precisar sair do município.
Para Akimoto, o desafio da sua gestão foi apresentado logo após a cerimônia de posse: a pandemia da Covid-19. “O grande segredo foi a união, mesmo que virtualmente. Reuníamos frequentemente e trabalhávamos muito. Precisávamos nos preocupar com a saúde, a comunidade, as empresas que não podiam fechar e a economia que não podia parar”, relatou. Completou que foram captados recursos e colaborado com o Poder Público, como na montagem do ambulatório de campanha no Centro de Eventos e no apoio ao Hospital Regional do Oeste.
O empresário foi presidente na gestão 2020/2021, mencionou a alegria por estar na universidade pela terceira vez em duas semanas. Ele enfatizou que seu objetivo, ao falar com os jovens não é ensinar, mas compartilhar histórias sobre suas realizações, com o desejo de inspirá-los. Akimoto reforçou que, mesmo de origem humilde, com esforço, trabalho e dedicação, é possível impactar positivamente a vida de outras pessoas. “Dou prioridade as atividades que permitam inspirar o futuro, pois acredito que a geração atual será responsável por sustentar o crescimento da humanidade e guiar novos rumos. É necessário que essas pessoas sejam mais conscientes, para construir um mundo melhor.”
O biênio 2022 e 2023 foi administrado por Broch. O ex-presidente recordou que um dos principais esforços durante sua gestão foi voltado à melhoria da infraestrutura logística na região Oeste. A associação lançou o Manifesto pelo Oeste e o movimento Pró-Ferrovias ganhou destaque no Sul e chegou a Brasília. Um dos objetivos foi justamente aumentar o reconhecimento da ACIC em todo o estado, e ele acredita que isso foi alcançado, pois hoje há uma percepção diferente e mais valorizada da entidade.
“Quando olho para minha gestão na ACIC, vejo que todos os desafios foram encarados com a necessidade de resolução. Creio que a diretoria da associação tem como uma das principais conquistas as grandes amizades, com pessoas que conhecemos não só dentro da instituição, mas também fora dela. O alcance da entidade se torna diferente, é um espaço para contribuirmos, mas também recebemos muito”, frisou Broch.
O ex-presidente afirmou sobre a importância de não se prender ao passado, considerando que vivemos em uma era de mudanças, com novas tecnologias e inovações. Apesar dessas transformações, ele enfatiza que os princípios fundamentais, como a paixão pelo negócio e pelo empreendedorismo, permanecem os mesmos. Segundo ele, essa paixão é algo inerente à pessoa, e, independentemente das mudanças tecnológicas, o espírito empreendedor deve ver o próprio negócio como uma verdadeira oportunidade a ser investida. O empresário acrescentou que tecnologias e inovações chegam, porém, os princípios e o empreendedorismo, a paixão pelo negócio são a essência que mantém o trabalho.
“Às vezes, as pessoas acham que a presidência de uma associação é apenas figurativa ou institucional. Desconhecem que temos um envolvimento direto na gestão e precisamos lidar com isso. Realmente é desafiador, porque além de gerenciar a nossa empresa, assumimos uma entidade,” evidenciou Rebelatto, atual presidente da ACIC até o final de 2025.
Salientou ainda que um dos desafios na gestão é trabalhar com duas equipes: uma interna, que é contratada, e a diretoria, que é voluntária. Para os voluntários, a motivação não vem do salário, exigindo uma abordagem diferente para mantê-los engajados e direcionados. Rebelatto apontou que é importante os acadêmicos e visitantes entenderem como o associativismo se destaca na região e é a base da união de pessoas, entidades e empresas em torno de objetivos comuns, é essencial para o sucesso coletivo.