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Uma comitiva catarinense organizada pela Facisc encontra-se nessa semana em missão empresarial na Alemanha.
Coordenados pelo gerente Rodrigo Busana e pelo consultor do programa de Desenvolvimento Econômico Local (DEL), Osmar Vicentin, o grupo é composto por empresários, prefeitos, veradores e pelo deputado Valdir Cobalchini.
A viagem tem por objetivo conhecer in loco as iniciativas de desenvolvimento local da região de Essen. O roteiro iniciou mostrando um pouco do que o Consenso de Essen fez pela cidade depois do arrefecimento da indústria do carvão que, deixou milhares de desempregados na cidade.
Os catarinenses visitaram o Estádio Essen Schönebeck que funciona um complexo esportivo que, entre tantas atividades, destaca-se pelo futebol feminino.
A comitiva catarinense também visitou setor municipal e conheceu como funciona o sistema político alemão, com foco nos municípios. Onde, em cidades com menos de 30 mil habitantes o prefeito não é remunerado e a prefeitura é administrada basicamente por servidores concursados.
Os catarinenses conheceram ainda a Câmara de Ofícios de Oberhausen, um setor que cuida exclusivamente de meio ambiente. No local viram as experiências relacionadas as energias renováveis.
Hoje, a energia fotovoltaica representa 7% na matriz energética da Alemanha, que ainda mantém oito usinas nucleares, das quais quer se livrar e 18,8% da energia é eólica.
O destino do lixo em Essen foi outro ponto conhecido pelos catarinenses. Com os resíduos queimados sem qualquer dano ao meio ambiente e coletores diferentes para resíduos diferentes, a região tem o lixo como um negócio.Fruto de uma parceria público-privada, a Entsorgungsbetriebe (EBE) mostra que tratar o lixo vai muito além de recolher o que os moradores da cidade descartam. Começa nas escolas, com programas de conscientização ambiental.
Tratar o lixo, em Essen, não começa pela coleta, mas sim, por evitá-lo. Antes de descartar qualquer coisa, a pergunta que se faz é a seguinte: é possível reutilizar? Pois então, que se reutilize. Exemplo claro são as garrafinhas de plástico e vidro usadas para envazar água mineral. Na embalagem já está discriminado o valor que o cidadão vai receber se devolver a garrafa. Em média, 25 centavos de euro (R$ 1,09) por garrafa.
A reciclagem é o carro chefe da EBE. Resíduos orgânicos, lixo industrial, hospitalar, enfim, todo o restante é simplesmente queimado sem poluição ambiental. Os alemães desenvolveram filtros poderosos que seguram a fumaça contaminada. A energia gerada pela queima é usada pela própria empresa.
Outro ponto da programação do grupo foi a visita a um Centro de Eventos com 103 mil metros quadrados em Essen, onde planejamento é a palavra chave e acontecem algumas das maiores feiras de negócios do mundo.
Fonte: As informações foram enviadas por Edinei Wassoaski do portal JMais