A criatividade é indispensável nas empresas que anseiam por sucesso e destaque perante a concorrência. Em um período pós pandemia, as empresas estão sendo ainda mais desafiadas para encontrar soluções inovadoras frente aos desafios gerados. Partindo desse tema, aconteceu nessa terça-feira (23/08), o café com palestra “o pós pandemia grita por criatividade e inovação”, com o escritor e professor Rodrigo Schilling.
Conforme palestra redigida por Rodrigo, o mundo está cada dia mais digital. Nos últimos 18 meses, houve um salto tecnológico de 7 anos. Como consequência, o comportamento dos consumidores está se tornando mais imediatista, visto que hoje é possível fazer uma compra e em seguida já receber o produto. Também é observado um consumidor mais consciente e atualizado, devido a vasta informação sobre diversos produtos nas redes, onde é possível fazer pesquisas de mercado antes de tomar uma decisão de compra.
Para Rodrigo, as tendências para uma empresa ser mais digital podem ser resumidas em experiências em tempo real, trabalhar em parceria de influenciadores locais e acessíveis, utilizar os recursos disponíveis de TikTok e Reels e tornar as marcas mais humanas. Ressalta, ainda, que a nova linha de trabalho seria “P2P” ou pessoas para pessoas, pois independente do segmento, a empresa sempre trabalhará para pessoas.
CRIATIVIDADE
Segundo Schilling, todos nascem criativos, porém, com o passar do tempo as pessoas vão perdendo a capacidade de serem criativas, o que por muitas vezes é por conta da falta de prática. Dos 3 a 5 anos, a pessoa possui 84% de criatividade, já com 8 a 10 anos, chega em torno de 32%, e por fim de 13 a 15 anos, apenas 10% de criatividade. Portanto, é necessário exercitar a criatividade, da mesma forma que os músculos são exercitados na academia.
DINÂMICA
E qual a maneira de exercitar a criatividade? Como mencionado por Rodrigo, uma maneira simples seria por meio de dúvidas e perguntas realizadas, como quando na infância, onde se questionava o porquê de tudo. Um outro exercício de extrema utilidade é se colocar em estado de flow, isto é, um estado mental de imersão onde se perde a noção do tempo e espaço. Esse estado de flow pode ser alcançado quando é realizado um trabalho manual como, por exemplo, artesanato, ou por dinâmicas guiadas como “checklist da criatividade”. A dinâmica de checklist da criatividade pode ser realizada nas empresas com os colaboradores e consiste em listar 30 maneiras de solucionar determinado problema. Quanto mais critiva a resposta, melhor, e ao final percebe-se que todos são criativos, e por meio de uma simples dinâmica, sugerem inúmeras opções inovadoras de solucionar problemas ou criar um produto novo.
INOVAÇÃO
De acordo com o palestrante, a inovação não é apenas no produto, mas também na maneira de entrega do mesmo. Rodrigo ressaltou, ainda, a necessidade das empresas adotarem o sistema PDI (pesquisa, desenvolvimento e inovação) ao invés do sistema PD (pesquisa e desenvolvimento), pois mais do que apenas pesquisar e desenvolver, deve-se inovar e lançar na prática a criação, e não deixar apenas “no mundo das ideias”.
Rodrigo finalizou dizendo que a inovação precisa resolver um problema, não significa apenas ser super tecnológico. As vezes uma simples maneira de entrega diferenciada do produto é uma grande inovação. Encerrou citando a frase de Leonardo da Vinci “a simplicidade é o último grau de sofisticação”.