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Um dos caminhos para a solução das crônicas deficiências de infraestrutura do grande oeste catarinense está na articulação das entidades empresariais com a representação política regional junto aos Poderes Legislativos do Estado e da União federal. A avaliação é do presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), Lenoir Antônio Broch, em face dos resultados do primeiro turno das eleições que definiram a composição da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e do Congresso Nacional.
O dirigente destacou a tranquilidade com que o pleito se desenvolveu e a eleição de deputados estaduais, deputados federais e senador. Observou que, em face do aumento da complexidade das questões sociais, cresce a importância do papel dos parlamentares na condição de representantes de setores e segmentos da sociedade em um regime democrático.
A partir da posse dos novos parlamentares, a ACIC pretende retomar com todas as bancadas e legendas a discussão sobre as reivindicações prioritárias do oeste – a maioria delas concentradas na questão de infraestrutura.
Broch reconhece que no último ano da atual Administração Estadual houve anúncio de investimentos, abertura de processos licitatórios e até o início de obras, mas esse movimento chegou tarde e não repara anos de abandono.
O posicionamento da ACIC está fundado em dois documentos. Um deles, o Manifesto pelo Oeste, lançado em janeiro deste ano, foi articulado pela ACIC e assinado por importantes entidades empresariais de Santa Catarina, denunciando o que consideram o abandono do grande oeste catarinense e a falta de investimentos públicos, situação crônica que resultou em extremas deficiências de infraestrutura. O outro, o Voz Única, organizado pela Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc) reúne reivindicações e propostas de todas as regiões catarinenses.
Broch está convicto de que o envolvimento dos parlamentares é essencial para o cumprimento de várias etapas do processo político-administrativo, como a alocação de recursos orçamentários, a priorização das obras regionais no planejamento do futuro Governo, a defesa dos interesses regionais, a abertura das licitações e a fiscalização das obras efetivamente iniciadas. “Os políticos não devem brigar sozinhos, mas em parceria com as entidades e Federações”, orienta.
O presidente da ACIC acredita que esse envolvimento cooperativo entre parlamentares e lideranças empresariais, motivados por genuínos interesses da coletividade, permitirá “catarinizar” o oeste. Lenoir Broch enfatiza que “essa atuação conjunta será essencial para superar um quadro de insuficiências o qual, se não for combatido, decretará, em curto e médio prazo, a fuga de capitais, a evasão de empresas, a transferência das agroindústrias para o centro-oeste brasileiro, a destruição de empregos e o início de um perigoso movimento de entropia e desindustrialização.”