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A Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) recebeu na segunda-feira, 9 de setembro, em reunião de sua diretoria executiva, o secretário de estado da Defesa Civil, João Batista Cordeiro Júnior, e também os prefeitos de Brusque, Guabiruba e Botuverá, Jonas Oscar Paegle, Matias Kohler, José Luiz Colombi, respectivamente, o vice-prefeito de Brusque, José Ari Vequi, os representantes municipais do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, e a imprensa. Na pauta dos trabalhos, um assunto que vem sendo discutido e cobrado há sete anos pela entidade: a construção da Barragem de Botuverá.
Na oportunidade, o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter, fez uma explanação, mostrando imagens de diversos pontos da cidade, dos recorrentes prejuízos enfrentados a cada cheia. “A barragem é uma obra importante, vai resolver, se não definitivamente, mas amenizar um percentual acima de 80% o impacto das cheias na nossa cidade. Nosso propósito é o de conscientizar esse governo de que a gente precisa realmente desta obra. Já tínhamos a verba destinada para ela, e por questões burocráticas, acabamos perdendo”, ressaltou.
Os diretores, prefeitos e vice-prefeito, também se manifestaram sobre o assunto e questionaram o secretário sobre os entraves atuais e possíveis soluções para que esta obra saia do papel. Segundo Cordeiro Júnior, o atual governo do estado tem ciência de que a obra prioritária da região do Vale do Itajaí para proteção contra as cheias é a construção da Barragem de Botuverá. Diante disso, a Secretaria de Defesa Civil do Estado tem solicitado ao governo federal recursos para a obra, demonstrando a importância da estrutura não só para a proteção contra cheias, mas também relacionada à captação de água potável e até mesmo geração de energia elétrica. “É uma estrutura de múltiplo uso e demonstramos isso ao governo federal. Com isso, conseguimos no Ministério de Desenvolvimento Regional, mais precisamente na Secretaria Nacional de Segurança Hídrica, colocar esta obra no Plano Nacional de Segurança Hídrica. Do Brasil, ela é uma das quatro prioridades. Do Sul do Brasil, ela é prioridade número um para o governo federal com relação à segurança hídrica. Agora, nosso objetivo maior é que esses recursos sejam colocados no Orçamento da União para o ano que vem, por isso também conversamos com os prefeitos e empresários, para que possamos unir as forças vivas da comunidade, e as forças políticas não só de Botuverá, de Brusque, de Itajaí, mas também de Balneário Camboriú, Camboriú e Navegantes, que têm a necessidade da geração de água potável. Inclusive já conversamos com a Casan, que ficará responsável pelos dutos para distribuir essa água. Então é um projeto que está bem avançado e buscamos agora o financiamento para que ele aconteça”, explicou.
A obra da Barragem de Botuverá está orçada em R$ 165 milhões. Conforme o secretário, haverá a destinação de recursos, no Orçamento da União para 2020, às obras hidráulicas, e por este motivo ele deixou clara a importância da união de forças de toda a região, para que a barragem seja uma das contempladas.
Luta regional
O presidente da ACIBr ressaltou a necessidade dos municípios de Brusque e região crescerem ordenadamente, e que isto só será possível com a segurança de investimentos em áreas que não correm o risco de sofrer com as cheias, que de tempos em tempos ocorrem. “Queremos que esta obra aconteça e a Associação Empresarial vai agir, como sempre tem feito em seus 85 anos de história. Vamos desencadear um movimento, junto às demais entidades de Brusque, poderes Executivo e Legislativo dos três municípios (Brusque, Guabiruba e Botuverá) e trazer para conversa o município de Itajaí, como também a Associação Empresarial de Itajaí, que é uma entidade parceira, e as cidades de Balneário Camboriú, Camboriú e Navegantes, para engrossarem este pleito. Estamos falando de mais de 500 mil pessoas sendo atingidas diretamente com os benefícios da construção da barragem”, enfatizou Habitzreuter.