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Membros da Comissão para assuntos do Porto e FACISC se reuniram nesta terça-feira, 04 de outubro, para solicitar providências em favor da permanência da APM Terminal em Itajaí, atual arrendatária da área privada do Porto.
Representante dos empresários de Itajaí, a Associação acompanha todo o cenário e busca uma reunião com a Superintendência do Porto e a e o Município “O posicionamento da ACII, dos nossos associados e da nossa Federação, a Facisc, é que o setor ligado ao Porto está inseguro com a tratativa do processo transitório, estamos acompanhando de perto e levando nossa preocupação à SPI.” Esclarece Gabriela Kelm, presidente da ACII Itajaí.
A ANTAQ- Agência Nacional de Transportes Aquaviários, que regulamenta o setor, suspendeu, na sexta-feira dia 30 de setembro, os dois processos seletivos simplificados lançados pela SPI. “Tem questões que são importantes e essenciais no contrato de transição que precisam ser demonstradas, uma delas é a demonstração que o futuro contratado vai ter condições de manter a capacidade operacional existente, não só de movimentar a carga no cais, mas também de ter condições comerciais de atrair cargas e manter uma movimentação pelo menos mínima, que atenda as demandas de um Porto tão importante. Outras questões também precisam ser demonstradas, como questões alfandegárias.” concluiu o Diretor Geral da ANTAQ, Eduardo Nery em sua decisão sobre suspender o processo seletivo simplificado instaurado para formalizar a exploração da área dos berços 1 e 2, do Porto de Itajaí, em regime transitório.
“Com essa decisão da ANTAQ, a Associação Empresarial se tranquilizou, os processos estando suspensos dariam condições para que a Superintendência tratasse com a APM a continuidade das operações em caráter transitório, após o vencimento do arrendamento da área do terminal, que vai até 31 de dezembro desse ano.” Analisa o Diretor de Infraestrutura e Logística da FACISC, Antonio Carlos Guimarães Neto.
Mas, desde então, o setor aguarda um posicionamento da SPI em relação a permanência da APM Terminals, o receio é que haja a descontinuidade dos serviços de operação de contêineres na cidade “A instabilidade gerada no mercado é muito grande, principalmente porque a APM precisa garantir aos armadores que operam com ela, que vai continuar a operar. Se ela não conseguir garantir isso, as chances de que esses armadores transfiram suas linhas para outros terminais como Navegantes e Itapoá é muito grande. E naturalmente isso vai fazer com que as operações de contêineres no Porto de Itajaí parem, se interrompam até que haja uma definição em relação a concessão do Porto. Isso naturalmente é preocupante para toda a cidade já que a atividade econômica de Itajaí também depende da movimentação do Porto.” Pondera Sérgio Rodrigues Alves, presidente da FACISC.
Até esta quarta-feira a ACII ainda aguardava um retorno do Município e da Superintendência do Porto, em relação a uma reunião entre todos os interessados em esclarecer a situação, e dar condições de continuidade das operações no Porto, diante das informações de que outras linhas que operam em Itajaí estão dispostas a reprogramar suas operações para outros portos. A ACII Itajaí não tem dúvidas de que a SPI precisa tomar posições imediatas para evitar a ampliação das incertezas no setor.