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Somente neste episódio, segundo a prefeitura de Camboriú, mais de 500 pessoas foram atingidas de alguma forma pelos alagamentos, cerca de 200 pessoas tiveram que deixar suas casas e 30 foram acolhidas em abrigo. Sem contar os prejuízos aos cofres públicos, que certamente deixarão de atender outras demandas sociais importantes para destinar recursos à superação dos danos.
Vale lembrar que nossa Bacia Hidrográfica oscila entre os problemas de excesso e de escassez de água justamente porque não tem hoje nenhum espaço para reserva de água bruta. O parque cumprirá exatamente este papel: em situações de excesso como a desta quarta-feira, guardará esta água para suprir os momentos de escassez, evitando desta forma que a alta do rio alague os bairros ribeirinhos das duas cidades e possibilitando que esta água reservada seja utilizada quando houver aumento de demanda, especialmente na temporada de verão.
É intrigante pensar que o Parque Inundável, que já foi apresentado pelo Comitê do Rio Camboriú há mais de 10 anos, ainda não virou realidade. O projeto já foi validado e confirmado por especialistas na área como a solução mais viável para nossa segurança hídrica e, mesmo assim, com a solução exposta, seguimos colecionando prejuízos e vivendo tensões em relação às cheias e às faltas de água.
Reconhecemos os esforços da Emasa, que elaborou o projeto executivo do parque e da prefeitura de Camboriú, que decretou a área de utilidade pública, mas reforçamos a urgência de implementação desta obra, com a imediata desapropriação das terras para garantir que não percamos a oportunidade de garantir este parque tão essencial para a vida, para a saúde e para o desenvolvimento econômico das duas cidades.
Héderson Cassimiro
Presidente da Acibalc