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A reunião da diretoria da Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (ACIBr), realizada na noite de segunda-feira, 28 de agosto, teve a presença de Rinaldo Luiz de Araújo, vice-presidente regional da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) para o Vale do Itajaí. A pauta do encontro foi o Aeroporto Internacional de Navegantes e a importância da construção da segunda pista para a região, viabilizando a operação de aviões de carga de grande porte no local.
Durante a reunião, o vice-presidente regional apresentou todo o processo percorrido pela entidade, em parceria com as Associações Empresariais do Vale do Itajaí, para garantir as melhorias já feitas no aeroporto. “É um pleito que estamos trabalhando há oito anos e as associações do Vale do Itajaí estão muito envolvidas nisso. Aos poucos fomos conquistando as melhorias. No início parecia difícil, tivemos momentos em que estávamos desacreditados que a segunda pista pudesse acontecer de fato”.
De acordo com Araújo, o Aeroporto de Navegantes pode ser considerado o mais importante de Santa Catarina, devido a sua localização, importância logística e proximidade com o Vale do Itajaí, região onde está concentrada a maior arrecadação do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.
Agora, o trabalho da FACISC, em parceria com as ACIs, é viabilizar a construção da segunda pista junto à CCR Aeroportos, empresa que venceu o leilão para a concessão do local em 2021. Segundo ele, houve uma evolução nos últimos meses com o apoio do senador Esperidião Amin, do secretário de Portos e Aeroportos, Beto Martins e do governador, Jorginho Mello. “Eles entenderam a importância desse aparelho para Santa Catarina, que não pode mais depender do Paraná e de São Paulo para movimentar sua carga aérea”, enfatiza,
Hoje, toda importação que chega ao Brasil, com destino às empresas da região, pousa em aeroportos de São Paulo e do Paraná e é transportada de caminhão até seu destino final, o que atrasa, alonga e encarece todo o processo. “Tivemos nos últimos meses situações absurdas, como um deslizamento de terra na Serra de Curitiba. A carga aérea simplesmente não chegava. O voo entre a Europa e o Brasil leva cerca de 10 horas. Não é mais possível esperar quatro dias por uma carga neste deslocamento de São Paulo ou Paraná, até Santa Catarina”, observa Araújo.
Acordo
O vice-presidente regional da FACISC afirma que, recentemente, se chegou a um acordo com a concessionária que detém a exploração do Aeroporto de Navegantes, sobre a necessidade da segunda pista. Agora, segundo ele, é uma questão de ajustes para que a medida aconteça.
A CCR tem até o fim de 2024 para fazer a primeira parte dos investimentos no local, no valor de R$ 300 milhões. Já uma reunião em Brasília deve acontecer nas próximas semanas para viabilizar o pagamento das indenizações de uma parte da área que é vital para que o traçado da nova pista seja respeitado.
“A reunião será com o ministro dos Portos e Aeroportos, com o nosso secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, com o governador, Jorginho Mello, e representantes da FACISC, para que se busque um acordo e se conclua a indenização dessas áreas. Assim, a CCR poderá fazer o investimento na pista da forma que é necessário”.
A presidente da ACIBr, Rita Cassia Conti, destaca a importância dessa união de forças das entidades para viabilizar a operação de cargas no aeroporto. “A ACIBr, como parceira dessa regional, contribui financeiramente para a contratação de profissionais técnicos, capazes de defender e propor soluções viáveis para o nosso aeroporto, que deve crescer com rotas internacionais e com a operação de carga que as indústrias tanto necessitam”, ressalta.