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Maior preocupação está na falta de estudos que detalhem a situação das bacias hidrográficas de Santa Catarina.
É indiscutível a importância que a água tem para o ser humano e todo o seu ciclo. Considerada por muitos estudiosos como o único recurso natural que está diretamente ligado com todos os aspectos da civilização humana como fator preponderante para a manutenção da vida no planeta. Apesar de todos os adjetivos que demonstram a importância da água para o ser humano, muitas vezes, o cuidado com a sua preservação passa desapercebido na sociedade atual.
Com o objetivo de alertar a comunidade sobre a importância da preservação dos mananciais de água que banham a nossa região, o Comitê do Rio do Peixe defende uma interação harmoniosa entre o recurso natural e a sociedade promovendo a garantia e o incentivo pela preservação do recurso natural.
No início desta semana, uma importante reunião realizada na Associação Comercial e Industrial do Oeste Catarinense (ACIOC) abordou a temática. Participaram do encontro representantes do Comitê, empresários da região e a diretoria executiva da ACIOC. “O Comitê é uma entidade que está ativa há 15 anos e nesta reunião tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre os trabalhos desenvolvidos e os desafios para o futuro envolvendo todo o ciclo do recurso natural como, por exemplo, a possibilidade da cobrança pelo consumo da água captada e também pelo descarte da água utilizada. Este tema tem que estar presente no dia-a-dia das empresas, entidades, governos e das pessoas!”, avaliou Mircon Becker, presidente da Associação Empresarial.
O presidente do Comitê do Rio do Peixe, Professor Ricardo Menezes, agradeceu a oportunidade e a colaboração das entidades na conscientização sobre o cuidado com o Rio do Peixe e seus afluentes. ”Agradecemos essa oportunidade oferecida pela ACIOC que coloca em pauta esse importantíssimo assunto que precisa ser estar cada vez mais presente dentro das nossas entidades, empresas e dos poderes constituídos com o intuito de garantirmos o nosso futuro”, explicou.
Falta de informações consistentes prejudica criação de políticas públicas
Uma das principais dificuldades enfrentadas para se projetar o cuidado com a água ao longo dos próximos anos está na falta de informações e dados consistentes sobre as bacias hidrográficas que banham a região. “O estado de Santa Catarina recebeu por duas oportunidades recursos do Governo Federal para criar o Plano Estadual de Recursos Hídricos, mas de forma inexplicável esses valores voltaram para os cofres da união sem a devida utilização”, disse Menezes.
A realidade estadual se contrasta com a local. “O Rio do Peixe também não possui um estudo detalhado e por esse motivo encontramos dificuldades em mencionar a quantidade de água disponível e quais seriam as políticas públicas necessárias para a preservação dos nossos mananciais afim de garantirmos o desenvolvimento sustentável de toda a região banhada pelo Rio”, explicou.
O Rio do Peixe possui aproximadamente 300 km de extensão sendo sua nascente localizada no munícipio de Calmon e sua foz entre os municípios de Piratuba e Alto Bela Vista, na divisa com o estado do Rio Grande do Sul.
Programa de Reintegração Social e Revitalização do Rio do Tigre foi apresentado aos participantes
Além das informações acerca do Rio do Peixe, o presidente do Comitê apresentou aos participantes um plano criado em 2011 pela Unoesc, em parceria com o estado e o município de Joaçaba que prevê uma série de ações para a ressocialização e recuperação do Rio do Tigre, afluente do Rio do Peixe, que possui sua nascente na Comunidade de Nova Petrópolis e sua foz na área central de Joaçaba.
“Precisamos melhorar a qualidade da água do Rio do Tigre por meio da ressocialização e da utilização adequada. Para isso, é necessário o envolvimento das mais diversas entidades que possuam o mesmo objetivo: crescer de forma sustentável. É o que queremos para o Rio do Tigre. Esse projeto propõe melhorias em toda a sua extensão ao longo dos próximos anos com o objetivo de garantir uma água de melhor qualidade a comunidade e que desagua no Rio do Peixe”, afirmou.
Participação de empresas e entidades no encontro suscitou consumo consciente
A reunião promovida pela ACIOC teve a participação de diversas empresas da região, como: ADM do Brasil, Lacticínios Tirol, BRF, Simae, Cooperavisu e de entidades como a JCI, que tiveram a oportunidade de conhecer os desafios da preservação das águas do Rio do Peixe e seus afluentes. “Todas as empresas e, no ‘final da cadeia’, todas as pessoas utilizam e consomem água. Precisamos estar atentos e agindo constantemente na preservação e uso consciente deste recurso natural.”, explicou Mircon Becker.
O presidente da ACIOC reafirmou o apoio da Associação Empresarial no processo de conscientização sobre o consumo e preservação das águas dos rios que cortam a nossa região e que a entidade continuará abordando este assunto com o objetivo de contribuir para o crescimento sustentável da nossa região, incentivando investimentos em saneamento básico, destinação adequada do lixo urbano e rural, drenagem pluvial e, principalmente, na conscientização da sociedade sobre a importância de se preservar e consumir conscientemente a água.
Conheça mais sobre o trabalho desenvolvido pelo Comitê do Rio do Peixe pelo site: http://www.cbhriodopeixe.com.br/ e também pelas redes sociais por meiodo Facebook: https://www.facebook.com/ComiteRioDoPeixe