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Na noite de segunda-feira, 17 de abril, a Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (ACIBr) recebeu em sua reunião de diretoria, o Comandante da Polícia Militar de Brusque, tenente-coronel Pedro Machado Júnior; o Subcomandante, major Márcio Jean Ricardo; o Comandante do Tiro de Guerra de Brusque, subtenente Ivan Silva Santos; e o prefeito de Guabiruba, Valmir Zirke.
Durante o encontro, os convidados apresentaram à diretoria da ACIBr ações que estão sendo realizadas para garantir a segurança nas instituições escolares dos municípios de Brusque e Guabiruba. Além disso, ouviram e debateram pleitos da entidade relacionados ao tema.
A presidente da ACIBr, Rita Cássia Conti, destaca a importância de discutir o assunto e de buscar medidas para melhorar a segurança escolar, com o propósito de evitar que novas tragédias aconteçam.
“É importante conscientizar a população de que nós, como pais, precisamos participar da vida dos nossos filhos, observar o comportamento deles, saber o que estão acessando na internet. Hoje conhecemos as medidas de proteção que os gestores municipais e órgãos de segurança pública estão tomando, mas com a consciência de que essa construção leva tempo. Enquanto isso, vamos fazer a nossa parte, acompanhar e estimular a educação dos nossos filhos”, ressalta a presidente Rita.
Durante o encontro foi sugerida uma campanha de conscientização destinada às famílias. “Seremos parceiros desse projeto, que chama a atenção de toda a comunidade para um olhar mais atento às crianças, adolescentes e jovens, com ênfase no acompanhamento das atividades escolares”, enfatiza.
Medidas de segurança
O Comandante da Polícia Militar de Brusque, tenente-coronel Pedro Machado Júnior, agradeceu a oportunidade de apresentar à classe empresarial os serviços prestados à comunidade, desde o atentado à creche de Blumenau.
Segundo ele, a presença de policiais nas escolas foi intensificada nas últimas semanas. Mesmo sem nenhum indício de que um novo crime possa ocorrer, a ação pretendia tranquilizar pais, professores e alunos, com a percepção de uma força policial presente e atuante. Para o Comandante, são ações em conjunto que vão inibir novas práticas violentas nas escolas, tais como vistorias preventivas, envolvimento da família e de órgãos responsáveis, além de leis que proíbam o uso de bebidas alcoólicas em vias públicas e a Lei do Silêncio.
“São trabalhos preventivos, que visam aumentar a segurança e aproximar a Polícia Militar da comunidade escolar. Nossa conversa foi enriquecedora e nos colocamos à disposição para apoiar a nossa sociedade no que for preciso”, comenta o tenente-coronel.
O prefeito de Guabiruba, Valmir Zirke, também apresentou medidas de segurança escolar que devem ser adotadas na cidade, além de trazer um parecer da reunião realizada entre os prefeitos da Associação do Vale Europeu (Amve) sobre o assunto.
“Posso dizer que, diante de tudo que aconteceu, a administração pública está correndo contra o tempo para que as medidas que foram planejadas saiam do papel. Além disso, queremos chamar os pais para se envolverem mais na vida escolar dos seus filhos”, fala Zirke.
Prevenção na família
O Comandante do Tiro de Guerra de Brusque, subtenente Ivan Silva Santos, falou sobre ações que podem ser implementadas de imediato, como maior frequência da instituição nas escolas, através de palestras que incentivam a ordem, disciplina e obediência. Ele também apresentou um projeto de Palmas (TO), onde militares reservistas têm sido inseridos na comunidade escolar e transformado regiões em maior vulnerabilidade.
“Todas as medidas são válidas, mas precisamos ter a compreensão de que muitos valores se perderam e de que muitas posturas familiares deixaram de existir. Há tempo para agir. Não basta apenas reprimir o comportamento de nossas crianças e adolescentes. É preciso entender onde eles estão buscando orientação e fazer esse acompanhamento”, sugere.
O coordenador do Núcleo de Instituições Educacionais da ACIBr, padre Silvano João da Costa, endossa esse posicionamento. “Os gestores escolares têm refletido e buscado alternativas que tragam mais segurança. Isso, no entanto, é um cuidado paliativo. Precisamos compreender a causa, buscar a raiz desses acontecimentos. Quando a família está presente na vida de seu filho, isso faz diferença na escola. Ela conhece os interesses da criança, sabe o que está dentro da mochila, sabe o que foi pesquisado na internet, conhece as amizades, e isso faz uma grande diferença”, detalha padre Silvano.
Crédito: Amabile Nazário / Ideia Comunicação