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Empossado há menos de 15 dias, o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, convidou formalmente a Facisc para criar um documento que concentre todas as informações e necessidades para o desenvolvimento de um plano para viabilizar as ferrovias no estado. “A ideia é coletar as informações e sugestões para alinhar a importância da ferrovia em SC”. O documento será criado a partir de um workshop que reunirá iniciativa pública e privada para discutir sobre as ferrovias em Santa Catarina.
Ele também disse que SC tem que discutir o que tem de mais importante que é sua capacidade logística. “Precisamos sanar a agonia do setor logístico em não ter o respaldo para resolver o que o estado precisa”. Beto também pediu apoio aos empresários. “Vamos alinhar tanto na visão pública quanto na privada as necessidades em portos, aeroportos e ferrovias”.
A Facisc recebeu nesta segunda-feira, 17/4, secretário para discutir temas como a Ferroeste, o canal da Baía da Babitonga e a segunda pista do Aeroporto de Navegantes. O presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, destacou que os três temas discutidos são de extrema importância para o desenvolvimento socioeconômico do estado de Santa Catarina.
Ferrovias
Vital para o desenvolvimento catarinense, a Ferroeste foi tema da reunião instigado pelos vice-presidentes regionais do Grande Oeste, que reúne as regionais Extremo Oeste, Oeste e Noroeste. Além disso, malha ferroviária ligando o Oeste ao litoral Segundo o vice-presidente Regional do Extremo Oeste, Maikel Frey, a ferrovia é essencial para o abastecimento do estado. O vice-presidente do Oeste, Milvo Zancanaro, ressaltou que as associações empresariais e a Facisc levantaram cerca de 150 mil para fazer o estudo de viabilidade da ferrovia.
Ainda participaram da reunião com o secretário, o presidente da Acic Chapecó e coordenador do grupo Pró-ferrovia, Lenoir Broch, Jorge Luis de Lima, diretor executivo do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e Arene Trevisan da Associação Brasileira de Proteína Animal. Segundo Trevisan, o grande ponto a se pensar em Santa Catarina é melhorar o abastecimento do estado. “Sem produção não tem escoamento”. Jorge Luis de Lima disse que Santa Catarina que fazer projeto, licitar e colocar para funcionar. Brochi resumiu para o secretário pontos importantes da Ferroeste. “O novo ramal entre Cascavel e Chapecó deve contar com 263 quilômetros de extensão, permitirá uma solução logística para o Oeste Catarinense”, destacou Brochi. Ele ressaltou que a expectativa de redução de custos logísticos é 28% quando comparado com o frete rodoviário.
O diretor de infraestrutura da Facisc, Antônio Guimarães Neto, destacou que o objetivo das ferrovias é ligar os produtores aos portos e áreas industrializadas à matéria-prima.
Canal da Babitonga e Aeroporto de Navegantes
Outros dois temas discutidos na reunião foram a dragagem do canal de acesso da Baía da Babitonga e a segunda pista do Aeroporto de Navegantes. O vice-presidente regional Vale, Rinaldo Araújo, disse que o EVTEA não traduz a realidade do Aeroporto de Navegantes. “Chamamos o Governo para a realidade. Não se tinha a visão de quem opera a carga. Era visto como um aeroporto sem importância. Na visão de quem transporta a carga o Aeroporto de Navegantes é o aeroporto de Santa Catarina”.
O Canal de Acesso à Baía da Babitonga é uma obra capaz de permitir maior movimentação de navios de cargas nos portos da Babitonga. O aprofundamento ampliaria o calado de 14 para 16 metros, permitindo embarcações de maior porte. Segundo Alberto Machado, Gerente de Comunicação Corporativa e Relações Institucionais do Porto de Itapoá, atualmente há uma perda considerável de cargas para o Porto de Paranaguá.