Santa Catarina exportou um montante de US$ 2,8 bilhões nos três primeiros meses de 2025. Isso representa um aumento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), divulgados na última sexta-feira, dia 4, e analisados pela FACISC.
O resultado positivo está associado com a diversificação de Santa Catarina e de seus parceiros comerciais, diante da queda nas exportações para países como os EUA e a China. Com isso, Santa Catarina registrou recorde no montante exportado, para um primeiro trimestre, em pelo menos 12 parceiros comerciais, entre eles, Argentina, Japão, Filipinas, Arábia Saudita, Paraguai, Emirados Árabes, Uruguai, Índia, Portugal, Grécia, Taiwan e Jordânia.
Segundo o diretor de Relações Internacionais da Facisc, Evaldo Niehues Júnior, diante de adversidades e mudanças no cenário econômico global, Santa Catarina vem mostrando essa potencialidade, devido principalmente a sua diversidade e qualidade produtiva. “Nosso estado consegue se adaptar a diferentes demandas mundiais, e, consequentemente, atender a diferentes necessidades e exigências sanitárias e regionais”, pondera.
Dentre esses parceiros comerciais, destaque para os países da América do Sul, com a recuperação das exportações catarinenses de papel kraft e cerâmica não vitrificada, bem como o crescimento das vendas de fios de cobres.
Além disso, a recuperação da economia argentina, que possui perspectivas de crescer 5% em 2025 (ante queda estimada de 3% em 2024), vem fazendo o crescimento expressivo das exportações catarinenses tanto da indústria alimentícia, como também da produção de bens de alta intensidade tecnológica. Com isso, as vendas catarinenses para a Argentina de produtos como refrigeradores, carne suína e partes de motor cresceram mais de 1000% (cada), na análise trimestral.
Na Ásia, destaque para o crescimento das exportações de carne suína e produtos derivados, como os embutidos e as miudezas comestíveis. No Oriente Médio, houve o aumento das vendas de madeira serrada, bem como o crescimento das exportações de carne de aves para Arábia Saudita e tabaco não manufaturado para os Emirados Árabes e Turquia.
Na Europa, destaque para o crescimento das relações comerciais com Portugal, com o aumento do fornecimento de madeira em bruto e óleos minerais betuminosos, e com a Grécia, com fornecimento recorde de tabaco não manufaturado.