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O comércio catarinense recuou -9,3% entre janeiro e maio de 2016 em relação ao mesmo período de 2015 segundo a pesquisa mensal do comércio divulgada hoje (12/07) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O volume de vendas no comércio varejista registrou o quarto ano consecutivo de queda, e o declínio foi o maior registrado desde 2001.
Para o mesmo período analisado, alguns subsetores do comércio ainda registraram resultados positivos, como os de outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,5% para SC); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,70% para o Brasil e 7,30% para SC); e Móveis (7,4% para SC). Do lado contrário, todos os outros subsetores do comércio registraram resultados negativos, chegando até -24,20% como o caso do subsetor de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação em Santa Catarina.
Para o vice-presidente do Comércio da FACISC – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina, Ivan Luiz Tridapalli, essa queda é resultado de uma economia estagnada, com altos índices de desemprego e inflação que puxam as vendas do comércio para baixo. “As famílias que hoje já se encontram com uma renda real menor tendem a contrair gastos e voltarem ao consumo de bens essenciais e não passíveis de serem cortados do orçamento doméstico. Deixam para um outro momento o consumo de outros bens, principalmente os de consumo duráveis como automóveis e eletrodomésticos, sendo esses mais sensíveis ao nível de crédito que está retraído no país”, explica
Para o Brasil, o índice de volume de vendas recuou -7,3%. Dentre 27 Unidades da Federação todas registraram queda no período acumulado entre janeiro e maio de 2016 comparado ao mesmo período de 2015. A maior queda foi registrada no estado do Amapá (-21,2%) e a menor em Minas Gerais (-1,3%). Nessa base de comparação, o estado de Santa Catarina registrou a 15° maior queda do volume de vendas no comércio varejista.