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O presidente da Companhia de Gás de SC – SC Gás, Cosme Polese, foi o convidado para a reunião da diretoria da ACIL, realizada nesta segunda-feira (04/07). O tema pedido pelos empresários foi para que o presidente esclarecesse como anda a questão da distribuição do gás natural em Lages.
Polese explicou que a implantação da Rede Estruturante, tubulação subterrânea que vai cortar a cidade, já está em fase de licitação e as obras devem ser iniciadas até final deste ano. Além disso, o gás que vai abastecer o sistema deve vir de Rio do Sul no chamado gasoduto virtual, quando o gás é liquefeito ou comprimido (GNL ou GNC) e pode ser transportado por meio de um caminhão apropriado (medida adotada para antecipar a chegada do gás na cidade até que fique pronto o gasoduto [Rio do Sul –Otacílio Costa – Correia Pinto – Lages]).
O projeto total abrange 22Km, sendo que no primeiro momento devem ser construídos 8Km. A rede estruturante sai de um ponto próximo ao Parque Conta Dinheiro, passa pelas Avenidas Luiz de Camões, Dom Pedro II e Santa Catarina, chegando até as empresas Yakult e Lactoplasa. A partir dessa rede, posteriormente, será ramificada para indústrias, postos de combustíveis, etc.
O mais interessante é a forma como será construído o canal subterrâneo. Segundo o presidente, na licitação foi adotada a necessidade de perfuração direcional, também conhecida como método não destrutivo (MND). Essa tecnologia evita transtornos com obras na cidade, pois permite apenas uma perfuração no inicio e outra no final do trajeto. Por meio de uma broca com sensores de monitoramento é possível escavar o solo desviando de obstáculos ao longo do percurso.
O investimento total para os 22 Km previstos para Lages é de 10,5 milhões de reais. A capacidade de fornecimento diário do projeto é de 12.000m³ e a estimativa de demanda na cidade, segundo a SC Gás, é 5,5 mil m³ de gás para a indústria, 4,5 mil m³ para veículos, além do setor comercial e residencial que também poderão usufruir.
Polese destacou, ainda, a importância do gás natural para o desenvolvimento econômico, pois proporciona energia limpa, sem emissão de gás carbônico e segura, além de ser economicamente mais viável que os combustíveis concorrentes.