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A sede da Associação Empresarial de Anchieta (ACISA) recebeu, na noite desta quinta-feira (18), a Plenária Regional Noroeste da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc). O encontro foi conduzido pelo vice-presidente regional da Facisc, Marcos Voltolini, e contou com a presença do presidente da federação, Elson Otto, dos presidentes e diretores das associações empresariais da região, das equipes das entidades e do secretário de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde de SC, Guilherme Dallacosta.
O presidente da FACISC, Elson Otto, enfatizou a importância do empreendedorismo e parabenizou o estado pela contratação do secretário Guilherme Dallacosta. Ele reforçou o papel da FACISC na defesa das causas empresariais e na promoção do desenvolvimento regional, destacando os princípios de gestão: simplicidade, objetividade e resultados.
Dallacosta destacou a relevância da nova secretaria e trouxe um panorama das atividades da pasta, que agora cuida do Semae e do Ima, além de todas as câmaras técnicas dentro do Conselho do Meio Ambiente de SC. Entre os programas mais importantes que estão sendo desenvolvidos, estão incluídos o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais e o regulamento da lei de logística reversa, que incentiva o destino correto de embalagens, fomentando empresas de reciclagem e gerando créditos de carbono.
O secretário também abordou o plano de substituição energética, que prevê o encerramento da produção de energia por carvão natural até 2040, podendo estender-se até 2050. Rafael Link, presidente da ACEPA de Palma Sola, sugeriu que o estado estuda propostas e viabiliza recursos para substituir o carvão mineral por biomassa, destacando a carência desse recurso também na região Oeste para atender aos frigoríficos, que já utilizam a biomassa, mas que há pouca produção.
Dallacosta reconheceu a necessidade de uma transição energética justa, que considera a dependência econômica das regiões carboníferas. Ele destacou a importância de as indústrias se adaptarem para reduzir a emissão de carbono, atendendo às normas internacionais e protegendo o meio ambiente, e que compreende que este processo precisa ser conjunto com o Estado.
Impactos ao turismo – Patrícia Weirich, presidente da ACIQ de Quilombo, pediu apoio para manter a matriz econômica do turismo na cidade, preocupada com a possível construção de usinas hidrelétricas que impactariam as paisagens cênicas dos rios Saudades e Chapecó. Dallacosta enfatizou que a análise dos impactos ambientais e sociais será criteriosa, e que a secretaria ouvirá todas as partes envolvidas antes de tomar decisões. Patrícia enalteceu que a entidade não é contra as usinas, e que entende inclusive a necessidade de geração de energia limpa, porém que precisa do apoio do Estado e da região para manter o desenvolvimento dos negócios que investem no turismo na região.
Licenciamentos ambientais
Outra preocupação levantada foi a morosidade nos licenciamentos ambientais, que chegam a até três anos. Gilberto Wohlfarth Junior, executivo da ACISLO de São Lourenço do Oeste, destacou o impacto negativo dessa demora nos investimentos e na previsão dos negócios. Dallacosta destacou a falta de pessoal e propôs levar a questão ao presidente do IMA, além de orientar sobre a importância de projetos bem elaborados para evitar problemas nos processos de licenciamento.
O vice-presidente regional Marcos Voltolini reforçou a necessidade de fomentar outras matrizes econômicas e destacou a visita técnica realizada na Frisanco Cervejaria, que demonstra o potencial do turismo na região. Ele também atualizou os participantes na atuação da FACISC.