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Em um momento histórico para o associativismo catarinense, a FACISC recebeu nesta sexta-feira, 21/8, em São José, os parlamentares da bancada estadual em reunião do Fórum Parlamentar Catarinense.
Com o objetivo de buscar uma maior aproximação entre a classe política e a classe empresarial, no encontro, o presidente da FACISC, Ernesto João Reck, destacou a importância do associativismo como agente transformador da sociedade. Reck também apontou o documento Voz Única, que apresenta a visão da classe empresarial sobre o que é necessário para o Estado crescer.
A Federação pediu atenção especial dos representantes catarinenses para temas como o Ajuste Fiscal, Terceirização, a MP 685 que exige a necessidade de declaração dos planejamentos tributários realizados pelas empresas, fornecimento de informações aos fiscos estaduais, o Bloco K, e a redução do prazo decadencial e prescricional para lançamento e cobrança de tributos.
O coordenador do Fórum, o deputado Mauro Mariani, enfatizou que é uma obrigação dos parlamentares estarem presentes no encontro com os empresários e ouvir os anseios da classe. “As diferenças que temos nos fortalecem para conseguir resultados práticos para Santa Catarina”, declarou o parlamentar.
O senador Paulo Bauer, falou sobre a votação no senado nesta quarta-feira (19) que aprovou, por 45 votos a 27, o projeto que reonera a folha de pagamentos de empresas de 56 setores produtivos, majorando as atuais alíquotas de 1% e 2% para 2,5% e 4,5%, respectivamente. “Foi um dos dias mais tristes para a economia do país. A reoneração gerará desemprego, crises, perda de receitas e lucros. O governo matará o setor produtivo com esta medida. Precisamos de mais conversa e mais articulação para cuidar cada vez mais e melhor principalmente da infraestrutura catarinense”, destacou o parlamentar. A opinião foi compartilhada pelos demais parlamentares. “A reoneração será uma grande encrenca”, afirmou o deputado Esperidião Amim.
O senador Dalírio Beber ressaltou o fato de, apesar das dificuldades, SC ainda se destacar no cenário nacional. “Temos que reivindicar um tratamento a altura de tudo o que fazemos pelo País”, declarou. Dário Berger também se manifestou a respeito da desoneração e sua preocupação com desemprego que a medida poderá gerar. “O Brasil precisa de um plano de salvação nacional, uma reforma do poder público. Precisamos encontrar um outro modelo de gestão”, declarou Berger.
Durante o evento os representantes da FACISC e das Associações Empresariais tiveram a oportunidade de apresentar suas reivindicações aos parlamentares, entre as quais destaque para as obras de infraestrutura, como o Porto de Itapoá, a ferrovia Norte – Sul para o Oeste catarinense, a ferrovia litorânea, a manutenção de rodovias como a BR 282, BR 163, SC 470, e ainda a segurança pública e a gestão do dinheiro público.
O encontro também contou com a presença dos senadores Dalírio Beber e Dário Berger, do secretário João Carlos Ecker, dos deputados Jorginho Mello, Carlos Chiodini, João Rodrigues, Carmem Zanotto, Fabrício de Oliveira, que ouviram as reivindicações dos empresários destacando a importância do fórum para unir as forças de forma suprapartidária. Os parlamentares também foram unanimes que sobre a sobre a gravidade do momento politico econômico que o País vivencia.
A deputada Carmem Zanotto solicitou que fosse incluída na pauta a conclusão do aeroporto de Correia Pinto e manifestou sua preocupação com o atual momento do país. “Temos hoje três CPIs na Câmara dos Deputados e queremos saber para onde foi o dinheiro dos brasileiros”, expôs. A deputada também manifestou a preocupação com o setor de saúde que em novembro poderá não fornecer o que foi fornecido para a população em 2014. “O teto para cirurgias eletivas já foi estrangulado. Por isso precisamos enfrentar a crise renovando as esperanças principalmente no setor produtivo. Precisamos garantir os direitos dos trabalhadores para que o desenvolvimento e a economia aconteçam”, apontou a deputada.