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A Associação Empresarial de Palhoça (Acip) e o Banco da Família deram início ao processo para estabelecimento de uma parceria na qual a Entidade será captadora de operações do Banco da Família, que atende exclusivamente o microcrédito. O ponto de partida foi dado na reunião de Diretoria da Acip, na qual participaram a presidente do Conselho do Banco da Família, Isabel Baggio e o conselheiro Carlos Eduardo de Liz.
O ponto de partida será uma sondagem prévia em Palhoça e região para que seja levantado o potencial de aceitação dos produtos financeiros que fazem parte da carteira da instituição que, na realidade, é uma Organização da Sociedade Civil e Interesse Público (Oscip). Com base nesta avaliação de potencial de mercado a Acip fará o treinamento de captadores e as operações poderão ser iniciadas.
O Presidente da ACIP, Marcos Cardoso, demonstra todo o seu entusiasmo pelo projeto. “Temos localidades aqui no município com carência de oportunidades de pequenos negócios e a chance dada pelo Banco da Família supre uma lacuna que as instituições financeiras de grande porte não conseguem atender. O componente social e de acesso à cidadania faz toda a diferença, pelos cases apresentados.
O Diretor Institucional da Acip, Valdir Tomazzi, responsável pela aproximação com a instituição, que tem sede de Lages, acha que existe um espaço considerável para a absorção dos recursos do Banco da Família. Eles emprestam recursos para que não tem acesso e isso fará toda a diferença em comunidades mais carentes de Palhoça, tais como a Frei Damião.
Isabel Baggio contou que o Banco da Família começou em 1998 como Banco da Mulher, por uma iniciativa da Câmara da Mulher Empresária, da Associação Comercial e Industrial de Lages (Acil), com a missão de ser uma alternativa de crédito aos pequenos negócios, formais e informais.
– Foi assim que preenchemos uma lacuna existente à época, na oferta de crédito para impulsionar o empreendedorismo na região de Lages (SC), onde 98% dos negócios eram micro ou pequenas empresas. Em 2003, diante de novas exigências e necessidades, visando aumentar a sua abrangência, a instituição mudou e ampliou, passando a se chamar Banco da Família – prosseguiu.
Com um modelo eficaz, que permitiu que o seu crescimento acontecesse de forma sustentável, a instituição é hoje a maior operadora de microcrédito do Sul do país. Em menos de 20 anos concedeu cerca de R$ 750 milhões de crédito, impulsionando os negócios de mais de 250 mil empreendedores, em 80 municípios de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e também no Paraná.
O Conselheiro Carlos Eduardo de Liz chama a atenção para diferenciais do BF. “Nossa análise de crédito inclui o caráter das pessoas. Qual é a financeira ou banco que levem em conta um quesito desses? 90% dos nossos clientes são informais e caso demonstrem condição de pagamento dentro do que é proposto o crédito é liberado. O engajamento dos nossos clientes é tão forte que registramos apenas 0,47% de taxa de perda. E mais da metade das operações é feita para mulheres. Fazemos questão de manter essa proporção, 55% dos contratos com mulheres e 45% com homens”.