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Empresário do ramo de estofados e colchões, Ildefonso Cividini respira o associativismo desde a infância quando acompanhava o pai na Associação Empresarial. Mas foi em 1991 que ingressou oficialmente na entidade e atualmente está em seu oitavo mandato como presidente da Associação Empresarial de Arroio Trinta (ACIAT). Confira a entrevista com mais este líder do Hub Empresarial Catarinense.
Ildefonso: Na sua opinião, o que é mais importante para o sucesso de uma empresa? Porquê?
FACISC: São vários os pontos importantes, mas eu acredito que além de uma boa equipe, focada no objetivo da empresa é importante estar alinhado a alguns valores como, qualidade, comprometimento, organização, responsabilidade, etc, porque nos dias de hoje o mercado está muito rápido e exigente.
Como iniciou na vida empresarial? Relate um pouco da sua experiência profissional. Como iniciou no empreendedorismo?
Desde criança eu auxiliava meu pai em uma alfaiataria, ajudando nas medidas das peças. Com meus 12 anos já trabalhava em loja móveis eletro da família, auxiliando na venda, montagem e entrega, e com meus 21 anos tive uma ideia de iniciar fábrica de estofados. Convidei alguns amigos e iniciamos em 1988 com dificuldades de todos os gêneros, pois as informações e a tecnologia estavam muito distantes na época. E em 2005 ampliamos a fábrica com produção de espumas e colchões.
Quando e como começou sua trajetória no associativismo?
Desde jovem acompanhava meu pai na associação comercial e outras entidades, mas foi em 1991 que fui convidado para assumir a ACIAT. Foi um desafio e tanto, mas de lá para cá nunca mais parei de colaborar com a entidade. Este está sendo meu 8º mandato como presidente.
Por que decidiu participar do associativismo e o que a motiva a seguir no associativismo?
A empresa que eu administro é uma sociedade e na ACIAT, são muitos associados, então fica muito claro que me sinto bem e seguro em estar com mais pessoas pensando trocando ideias, pois acredito que juntos conseguimos muito mais.
Como o associativismo contribuiu para o seu negócio?
Contribuiu muito pois as informações chegaram mais rápido. Os acessos em instituições, as trocas de experiências com outros empresários, entidades, também foram uma forma de conseguir soluções para algumas dificuldades trocando ideias com pessoas fora do ramo e do dia a dia.
Quais as suas principais participações e realizações em projetos relacionados ao associativismo?
Foram várias. Iniciamos em 91 já com local fixo para sede da Aciat, com secretária, local para iniciar a organização de documentos e atendimento ao associado.
Também iniciamos o trabalho de conscientização da importância do empresário e seus colaboradores, participarem de cursos e treinamentos diversos. Incentivamos várias empresas a se instalarem no nosso município, sempre trocando ideias nas nossas reuniões.
Reivindicamos vários pleitos na questão de incentivos com poder público, como por exemplo, um local para implantação de empresas, e também conseguimos uma área industrial para implantação de indústrias. Realizamos feiras da indústria, comércio e serviços a EXPOTRINTA, que estamos indo para a 4ª edição.
Mas sem dúvida nenhuma a mais impactante e atual foi a chegada do Programa DEL que foi implantado no ano 2017 em parceria com o poder público municipal. Temos a Arroio Trinta antes e depois do DEL. Foram criadas as câmaras técnicas, Infraestrutura, agronegócio e agricultura familiar, Turismo. Com isso todos saíram ganhando, pois quando melhora a infraestrutura para o turismo, fica melhor para todos, o nosso turismo começou a ganhar musculatura já pela sua cultura, pelo resgate às origens e pelo que já tínhamos e só faltava divulgação. Mas o que impactou muito foi o turismo de experiências, onde a agricultura familiar foi atração total, com colheita da uva, do pêssego, do caqui, a vindima, café colonial, a venda de produtos. Neste projeto nasceram a agência receptiva ao turista, a cantina, os restaurantes e o início do aluguel das pousadas.
O que diria para um empresário que ainda não é ligado a uma associação empresarial?
Eu diria que uma associação não vai resolver os seus problemas, mas todos unidos quem sabe podemos resolver os problemas da maioria e talvez o associativismo irá lhe dar um norte para que encontre a sua solução.
E Que conselho deixaria para as futuras gerações?
Nos dias de hoje está difícil dar conselhos, mas eu ainda acredito que o trabalho honesto, o foco, o comprometimento e a responsabilidade irão prevalecer, portanto, temos que ter em mente que estamos aqui neste mundo e devemos deixar um legado de boas maneiras e sucesso.