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O afastamento da presidente Dilma Rousseff e a posse do vice Michel Temer que assumiu formalmente como presidente em exercício, ao mesmo tempo que traz novos desafios ao país, produz um certo alívio na classe empresarial. Conforme divulgado na Carta de Conjuntura da Facisc, a inversão do momento que o Brasil se encontra acontecerá somente, com a retomada da confiança necessária do empresariado que certamente voltará a investir, contratar e expandir seus negócios.
Para tanto, é fundamental cautela e muito diálogo para que o país saia do eixo recessivo. Para isso os gargalos estruturais do país, como a infraestrutura de baixa qualidade, a carga tributária elevada, a grande burocracia, entre outros fatores que também compõem o bloqueio frente à competitividade das empresas, não podem deixar de entrar na agenda macroeconômica, para que seja possível construir-se um caminho de crescimento sustentável e de longo prazo.
Independentemente do resultado do processo de impeachment é necessário que ocorra um imediato ‘choque de gestão’ pois a classe empresarial não suporta mais as dificuldades, a total instabilidade econômica gerada por uma política econômica equivocada e pela corrupção, que, pouco a pouco, estão destruindo a segurança jurídica, fundamental para o mercado funcionar. “Esperamos que este ciclo que se inicia possibilite uma melhor gestão da aplicação dos recursos públicos, a redução da máquina pública, o combate total à corrupção; bem como as reformas necessárias”, analisa Ernesto João Reck, presidente da Facisc.