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A burocracia foi a principal crítica do Ministro Guilherme Afif Domingos na palestra que aconteceu na tarde desta segunda-feira, 28/9, no Congresso Empresarial da FACISC e 2º Fórum CACB Mil em Florianópolis.
Tendo como tema central a Gestão em tempos de crise, Afif apresentou dados sobre as complicações decorrentes da burocracia brasileira e as ações que vem sendo realizadas para simplificar a vida do empresário e da sociedade. “Não é aumentando impostos que vamos resolver os problemas do país, é simplificando e diminuindo os custos, pois quando todos pagam menos, o governo arrecada mais”, declarou o ministro.
Afif citou como exemplo o número de procedimentos para abertura de empresas no Brasil, que é feito em 12 etapas, enquanto em Portugal são necessários apenas três procedimentos. Além disso, os documentos exigidos do cidadão também são os mesmos exigidos 30 anos atrás. “A estrutura do Estado não conversa entre si e cada órgão vai criando seu banco de dados. Chega a beirar o ridículo quando se trata da apresentação dos documentos. Somos empurrados para a informalidade devido à complicação”, afirmou Afif.
Segundo o ministro para fazer acontecer é preciso priorização e vontade política. “Precisamos ter integração entre os poderes empoderando as respectivas estruturas, para aprimoramento de atitudes e valores”, destacou.
Afif afirmou ainda que é necessário voltar a acreditar na palavra do cidadão. “Em vez de se colocar o falsário na cadeia, exige-se que o honesto prove com certidões que é verdadeiro. É preciso unificar a relação do Estado com o cidadão, dar acesso aos serviços públicos em um único lugar e ter uma central de informações compartilhada em todos os órgãos”, declarou o ministro.
De acordo com o ministro as mudanças precisam ser feitas aos poucos. “Quando se trata de atacar a burocracia tem que se fazer aos poucos, pois um boi se engole aos bifes”, afirmou Afif.