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A produção industrial catarinense cresceu 6,6% no primeiro bimestre em relação ao mesmo período em 2023. O crescimento foi acima da média nacional (4,3%) e mostra sinais da recuperação da indústria, principalmente em setores representativos no estado, como o de produtos de madeira e o têxtil. Segundo o diretor setorial da Facisc, Lito Guimarães, o crescimento demonstra a volta da confiança dos empresários industriais catarinenses. “Esses números foram fantásticos para Santa Catarina, comparativamente à média nacional. O resultado é importante para as expectativas de crescimento da economia catarinense e eles representam claramente uma confiança maior dada pelos empresários em termos das perspectivas oferecidas pelo mercado”.
Segundo os dados analisados pelo Centro de Inteligência e Estratégia da Facisc (CIE), com exceção das indústrias de móveis e confecção, todos os setores catarinenses registraram expansão da produção na análise interanual do bimestre.
Os líderes no crescimento foram as indústrias que produzem bens de capital, como os setores de equipamentos elétricos e de máquinas e equipamentos. Os efeitos defasados da política de redução da taxa de juros vem proporcionando maior concessão de crédito para as empresas investirem na ampliação de sua capacidade produtiva.
São destaques no bimestre a fabricação de máquinas e equipamentos para uso industrial, principalmente para frigoríficos e para setores de alimentos, bebidas e papel e celulose. O estado cresceu também sua produção de maquinário agrícola, voltada tanto para exportação, como também para fornecimento no mercado doméstico.
No setor de equipamentos elétricos, destaque para a retomada das exportações para os EUA de seu principal produto exportado, os motores elétricos, bem como a continuação das vendas de transformadores elétricos.
Incentivada também pela economia estadunidense, houve crescimento da produção nas madeireiras. O setor vem sendo estimulado ainda pela diversificação dos parceiros comerciais, à título de exemplo do México.
Já a indústria têxtil catarinense registrou o maior crescimento do país na análise interanual do bimestre, 10,2%. Dada a aproximação do inverno, o setor foi estimulado pela fabricação de artefatos têxteis de uso doméstico, como roupas de cama, edredons e cortinas.
Por outro lado, o setor de confecção registrou queda de 5,4%, prejudicado, em parte, pela concorrência dos produtos importados oriundos da China via e-commerce. No entanto, há expectativas de melhora nesse cenário, devido à previsão de um inverno mais rigoroso para este ano, pela melhora do cenário de crédito e pelas políticas de renegociação de dívidas da população.