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A segurança no trânsito é responsabilidade de todos, motoristas e não motoristas, poder público, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada.Sendo uma importante entidade de classe representativa em Chapecó e região, a Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) não poderia deixar de apoiar o Movimento Maio Amarelo. Neste ano, o Núcleo de Automecânicas oferece inspeção veicular gratuita e o Núcleo dos Centros de Formação de Condutores (CFC’s) promove palestras em escolas, no Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e na Cidade do Idoso.
Conforme a diretora de Responsabilidade Social da ACIC, Márcia Berticelli, todas as empresas devem desenvolver ações de responsabilidade social, incluindo ações de segurança no trânsito. O empresário deve considerar o impacto que a sua empresa causa na comunidade. “Dessa forma, se existem práticas que orientem os colaboradores a manterem direção defensiva, elas auxiliarão na segurança do trânsito da cidade ou comunidade onde estão inseridas”.
Os colaboradores e as empresas estão diretamente relacionados à realidade no trânsito. Afinal, empresários e colaboradores são motoristas, pedestres, ciclistas ou usuários do transporte coletivo. “Precisamos incentivar as boas práticas no trânsito para preservar a vida e também os bens materiais das empresas que são transportados diariamente. Além disso, as boas práticas no trânsito podem alcançar a família e o círculo de amigos dos colaboradores, criando uma rede de disseminação de informações e de conscientização”, expõe Marcia.
De acordo com ela, com a participação no Maio Amarelo, a ACIC demonstra sua preocupação com o tema e fortalece a atividade no município. “Precisamos envolver toda a sociedade, discutir o tema e promover atividades voltadas para a conscientização e para o debate das responsabilidades e os riscos do comportamento de cada cidadão em seus deslocamentos diários no trânsito”, enfatiza.
Para Márcia, o envolvimento das escolas, por exemplo, demonstra a amplitude com que o tema tem sido tratado. “Antigamente não tínhamos a possibilidade de discutir trânsito em sala de aula, não havia participação da sociedade. Hoje, o poder público e a sociedade civil organizada estão preocupados em formar cidadãos com senso crítico, com a possibilidade real de olhar o futuro com melhoras significativas”, afirma a empresária.
O Movimento Maio Amarelo tem a proposta de chamar a atenção para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. A ação tem como intenção primeira colocar a necessidade da sociedade tratar os acidentes de trânsito como uma verdadeira epidemia e, consequentemente, acionar cada cidadão a adotar comportamento mais responsável. “O cidadão tem que adotar comportamento mais seguro, pensando na preservação da sua própria vida e a dos demais”, conclui a diretora.
NÚMEROS
A Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.
São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.
O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito.
A intenção da ONU com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.