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A Federação das Associações Empresariais acaba de lançar a sexta edição da Carta de Conjuntura. O documento tem como objetivo subsidiar os empresários ligados ao Sistema FACISC na tomada de decisões e na otimização dos recursos econômicos, contribuir com o aumento da qualidade dos negócios e da produtividade catarinense, por meio de informações estatísticas e análises sobre a realidade socioeconômica. Para o presidente da Facisc, Ernesto Reck, a cartaserve como uma bússola na tomada de decisões. “Neste momento em que a economia está instável, contar com uma orientação feita por um economista e com o respaldo da Facisc ajuda os empresários e decidir que rumo tomar”.
A Carta está disponível em facisc.org.br/economiaeestatistica/para ser baixada em PDF.
Dados analisados
A atividade econômica nacional permaneceu em queda no primeiro semestre de 2016, registrando uma retração de -5,96%. Isso reflete um cenário macroeconômico recessivo junto a um cenário político agitado. Além disso, seu impacto no mercado de trabalho já registra uma taxa de desemprego de 11,3% atingindo 11.586 milhões de desempregados. A atividade econômica em Santa Catarina por sua vez, também se manteve no limite, com perda de dinamismo, registrando uma queda de -4,00% no primeiro semestre.
Quanto aos indicadores setoriais, a indústria recuou -6,1 % no primeiro semestre, o comércio (-8,7%), o setor de serviços (-0,4%) e o turismo -1,1%.
“Traduzindo esse quadro, a taxa de desemprego no estado atingiu 6,7% abrangendo 242 mil pessoas. A análise daconjuntura recente nos evidencia, considerando o aprofundamento da retração econômica no último semestre, que a economia de Santa Catarina deve continuar mostrando fragilidade no decorrer de 2016”, explica o economista da FACISC, Leonardo Alonso Rodrigues.
Ele ainda analisa que nesse contexto, a inversão desse momento permanece relacionada a uma melhora substancial da confiança no desempenho da economia para os próximos anos e na manutenção da melhora das contas externas, como vem ocorrendo e nos efeitos favoráveis dos ajustes econômicos em curso no País.
Para o vice-presidente da Indústria da Facisc, André Gaidzinski, não há nada de novo nos números. “Temos que retomar a confiança para retomar o crescimento econômico. Mesmo com a queda repetitiva de vários dados, precisamos analisar mais a fundo alguns indicadores e ver que a longo prazo podemos recuperar a economia e o crescimento”. Gaidzinski cita dados como a taxa Selic, IPCA, PIB e a produção industrial como referências para demonstrar que as expectativas de mercado já apontam sinais de recuperação.
Expectativas de mercado (Mediana) – Banco Central do Brasil
Indicadores | 2016 | 2017 | 2018 |
SELIC | 13,75% | 11% | 10,50% |
IPCA | 7,36% | 5,12% | 4,50% |
PIB | -3,18% | 1,30% | 2,06% |
Produção Industrial | -5,93% | 0,50% | 2,00% |
Fonte: BCB; extraídas em 09/09/2016.
“Dessa forma estamos enxergando alguns pontos que tornarão a volta do crescimento mais notório, mas é claro, temos evidência de que alguns fatores tenham que se concretizar, como a volta da confiança e da restauração dos impasses políticos internos”, avalia. O empresário ainda completa que somado a isso, a questão do tempo é fundamental para a concretização desses fatos. “As informações e os sinais que a economia nos revelam impactam diretamente a tomada de decisões e, portanto, o futuro das organizações. Por isso vamos vigiar e nos preparar para o que vem pela frente, o futuro começa agora”.