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Nos dois primeiros meses de 2023, o comércio ampliado catarinense cresceu 6,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os principais fatores desse resultado foram o dinamismo do mercado de trabalho, que contribuiu para a manutenção do consumo das famílias, e os efeitos defasados da política de redução dos juros, que fez aumentar a concessão de crédito para a população. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, e Pesquisa Mensal dos Serviços, ambos do IBGE divulgados nesta quinta-feira, 11/4, e analisados pela Facisc.
Segundo o presidente da Facisc, Elson Otto, Segundo o presidente da Facisc, Elson Otto, o crescimento dos setores de comércio e serviços se deve à força do mercado de trabalho e pelo cenário de inflação mais estável. “Esses dois fatores vêm proporcionando a ampliação e diversificação do consumo das famílias em 2024, que se traduz em crescimento na maioria das atividades do comércio e serviços”, explica. Isso pode ser sentido nas empresas das mais diferentes cidades de Santa Catarina. “Nos meus negócios em Palmitos, do ramo do comércio, sentimos uma movimentação maior neste início do ano. E isso também é sentido por todo o estado”, explica. A maior disponibilidade de crédito na economia estimulou as vendas de bens de consumo duráveis, produtos que possuem um maior custo e que geralmente necessitam de pagamento parcelado.
Segundo os dados analisados pelo Centro de Inteligência e Estratégia da Facisc, o destaque vai para o crescimento de 17,1% nas vendas de veículos, motocicletas, partes e peças, como também de 11,8% de eletrodomésticos. Ambas as vendas estimularam tanto a produção local, como também as importações oriundos da China.
As contratações no mercado de trabalho formal incentivaram também as vendas de equipamentos e materiais para escritório, que expandiram 13,2% no 1º bimestre, quase o dobro do crescimento da média nacional.
Além disso, Santa Catarina continua crescendo as vendas de bens de consumo não duráveis. O comércio de fármacos e cosméticos, por exemplo, está com nível de vendas 53% maior que no período pré-pandemia. Incentivado por esse movimento, farmácias estão cada vez mais ampliando a gama de produtos ofertados.
Já os serviços catarinenses registraram crescimento de 9% na análise interanual do 1º bimestre, quase o triplo do valor registrado na média nacional (3,3%).
O resultado nos serviços também foi motivado pelo aquecimento do mercado de trabalho formal, que incentivou segmentos desde a contratação de mão de obra, como também atividades de apoio administrativo às empresas. Esse segmento registrou crescimento de 16,6% no período, ante expansão nacional de 3,8%.
Destaque também para os serviços de transporte, armazenagem e correio, pelo qual Santa Catarina registrou o 2º maior crescimento do país, atrás somente do Paraná. As colheitas antecipadas da soja, bem como o escoamento da produção dos frigoríficos incentivou o segmento.
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