Compartilhe
Durante encontro da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina, realizado na terça-feira (22) em Jaraguá do Sul, presidentes das entidades que integram o sistema Facisc na região Norte criticaram a demora na execução das obras de duplicação da BR-280.
O assunto é recorrente, mas conforme a vice-presidente Eluiza Maiochi precisa ser reiterado com mais intensidade para demonstrar a insatisfação do setor produtivo e da sociedade diante da lentidão dos serviços. Um dos aspectos que preocupa, disse a empresária, é o fato de que o governo federal já cientificou lideranças regionais, durante recente encontro promovido pelo Fórum Parlamentar Catarinense quanto à falta de recursos para a agilização das obras no trecho de pouco mais de 70 quilômetros entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul.
“Há uma preocupação muito grande porque as informações demonstram que este projeto está longe de ser uma realidade e isto prejudica o desenvolvimento da região”, comentou Eluiza Maiochi. Na plenária, o vice-presidente da ACIJS Luiz Carlos Buzzarello, que representou o presidente da entidade Giuliano Donini, comentou alerta feito pelo deputado federal Esperidião Amin em relação à duplicação da BR-153, no Paraná, o que traria prejuízos ainda maiores para a região.
“O parlamentar disse na reunião do fórum que aquela rodovia está sendo considerada prioridade como ligação aos portos do Paraná, o que vai comprometer ainda mais a economia de Santa Catarina, e manifestou posição de que a bancada catarinense não aceitará esta discriminação”, assinalou.
Diante disto a vice-presidente da Regional Norte da Facisc disse que a entidade estará acompanhando todos os fatos para cobrar respostas do DNIT em relação ao projeto de duplicação da rodovia, que é o principal eixo rodoviário de entrada de insumos e de saída de produtos manufaturados da região do Vale do Itapocu e na ligação com o corredor da BR-101, aos aeroportos de Joinville e Navegantes e aos portos de São Francisco do Sul, Itapoá e Itajaí-Navegantes.
Associada à BR-280, outra preocupação diz respeito à conclusão do viaduto de acesso a Schroeder por Jaraguá do Sul e a duplicação do trecho urbano entre Guaramirim e Jaraguá. Orçada em R$ 85 milhões, a obra também não dispõe de recursos para a sua totalização. “O governo sinalizou que tem R$ 25 milhões e isto é lamentável porque se trata de um trecho de cerca de dez quilômetros, o que não resolve a situação”, lamentou Eluiza. A proposta da Facisc é promover um encontro com o governador Raimundo Colombo para reverter a situação, já que uma das promessas da administração estadual é buscar junto ao governo federal a transferência deste trecho urbano da rodovia para a responsabilidade no âmbito municipal.
Além das questões envolvendo infraestrutura, outros temas foram tratados pelos presidentes e executivos das associações empresariais da regional Norte. O vice-presidente Jonny Zulauf, que representou o presidente Ernesto João Reck, enfatizou a importância da Facisc fazer valer sua força representativa para que os municípios obtenham êxito nos pleitos. “Somos 146 associações, temos uma capacidade de articulação e estamos trabalhando para que Santa Catarina receba os investimentos que precisa”, observou. Um dos pontos que o empresário claro é quanto à defesa do modelo de bombeiros voluntários, destacando a eficiência e o baixo custo em relação à corporação militar.
A plenária também contou com uma apresentação da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável, projeto que a Facisc vem realizando junto às entidades, e relatado pela coordenadora Adelita Adiers, e de um treinamento para dirigentes do sistema com a participação de Clovis Consoli, coordenador da Facisc, além de outros assuntos operacionais.