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Quinta edição da Carta de Conjuntura destaca turismo e SC com a menor taxa de desemprego
A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina lança a quinta edição da sua Carta de Conjuntura. O documento tem como objetivo subsidiar os empresários ligados ao Sistema FACISC na tomada de decisões e na otimização dos recursos econômicos, contribuir com o aumento da qualidade dos negócios e da produtividade catarinense, por meio de informações estatísticas e análises sobre a realidade socioeconômica.
Para o presidente da Facisc, Ernesto Reck, a inversão desse momento de crise acontecerá, com a retomada da confiança. “O empresariado certamente voltará a investir, contratar e expandir seus negócios se estiver seguro para tomar decisões”, avalia. A entidade ressalta que é necessário que ações que foquem nos gargalos estruturais do País, como a pouca infraestrutura de qualidade, a carga tributária elevada, a grande burocracia, entre outros fatores que também compõem o bloqueio frente à competitividade das empresas, componham a agenda macroeconômica. “Precisamos construir um caminho de crescimento sustentável e de longo prazo”.
O destaque positivo vai para o setor de turismo. Nesse primeiro bimestre de 2016, as receitas nominais cresceram 3,4% em Santa Catarina. “Esse resultado foi acima da inflação do período. O país também obteve ganhos reais de receitas nesse setor, onde cresceu 2,5% para o período analisado”, explica a vice-presidente do Turismo da FACISC, Magda Bez.
Mercado de Trabalho – Entre janeiro e março de 2016, o Brasil fechou seu saldo de vagas de emprego formal negativo em aproximadamente 320 mil vagas. Santa Catarina, por sua vez, para o mesmo período criou 8.496 empregos diretos. Além disso, Santa Catarina ainda é o Estado que mantém a menor taxa de desemprego no país (4,2%). A média nacional é de 9,0%. Para o vice-presidente da Indústria, André Gaidzinski, mesmo com o resultado abaixo da média nacional, o desemprego é o indicativo mais claro da recessão econômica. “A demissão é o último recurso de uma empresa. Se chega a este ponto é porque o restante já foi feito”.
Comércio – Para o período acumulado entre janeiro e fevereiro comparado ao mesmo período de anos anteriores, 2016 registra a maior baixa histórica. “É a primeira vez que Santa Catarina registra uma taxa de crescimento negativa maior que a média brasileira”, explica o economista, Leonardo Alonso.
Previsões para 2016 – O que se espera com o fechamento do ano de 2015 é um crescimento negativo.
Previsões do Boletim FOCUS (-3,8%), bem como do FMI (-3,8%) apontam para esse resultado. Além disso, segundo próprias estimativas do Fundo Monetário, a taxa de investimento sobre o PIB brasileiro se manterá baixa (19,1%) e inferior à média mundial (25%), sendo esse um dos grandes gargalos a se superar no país nos próximos anos.