As Associações Empresariais de São Bento do Sul (Acisbs) e Rio Negrinho (Acirne) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) se uniram para custear as adequações necessárias para a desinterdição do consultório médico do setor de medicina legal do Núcleo Regional de Perícias da região. O presidente da Acisbs Júlio César Teixeira participou de uma conversa com os peritos criminais Lucineide Ziemann e Rogério Aurich Bomvechio para entender a situação, e após, sensibilizou as outras duas entidades para a ação conjunta. O valor destinado para as adequações foi de R$ 1.155,00.
Em 2019, o consultório médico foi interditado pela Vigilância Sanitária municipal devido o ambiente funcionar em uma sala composta por paredes de Eucatex. Como consequência imediata da interdição, o serviço ficou comprometido, resultando em prejuízo não somente às vítimas, que atualmente precisam se deslocar com recursos próprios até outro setor de medicina legal da região, como Mafra, Jaraguá do Sul e Joinville, mas também, prejudicou o andamento dos processos judiciais devido à falta de laudos periciais comprobatórios das lesões sofridas pelas vítimas.
A Divisão de Vigilância Sanitária municipal também interditou a sala de necropsias. Como consequência, os cadáveres de vítimas de morte violenta passaram a ser transportados até Joinville, causando atrasos nos exames e liberações, além de gastos extras às famílias enlutadas. Com as adequações, os exames de corpo de delito e conjunção carnal voltarão a ser realizados normalmente. A sala de necropsias permanece interditada.
Na visita ao município, no dia 28 de agosto, o governador Carlos Moisés e o Perito-Geral do IGP de Santa Catarina, Giovani Adriano, anunciaram a permanência do Instituto Geral de Perícias (IGP) em São Bento do Sul, por meio de uma cessão de imóvel por parte da Secretaria de Estado da Infraestrutura. O Núcleo Regional de Perícias do IGP deverá ser transferido para um novo local, situado na Rodovia A280C (Acesso Oeste), nº 459, bairro Colonial. Porém, até que a parte burocrática seja resolvida e para que os serviços não fiquem prejudicados, as entidades se uniram e custearam a obra conforme solicitações da Vigilância Sanitária.
Fabiane Pickusch Costa
Jornalista Acisbs
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