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Representado pelas entidades que congregam a indústria, comércio e área de serviços, cujas empresas são associadas da ACIJS, APEVI, CDL e Sindicatos Patronais e juntas formam o Centro Empresarial de Jaraguá do Sul, o setor produtivo está propondo uma mudança de atitudes dos candidatos à Prefeitura e Câmara de Vereadores nas eleições de 2 de outubro.
A classe empresarial está divulgando posicionamento em relação ao pleito eleitoral em que deixa claro a necessidade de uma ruptura do atual modelo de gestão para que o município possa recuperar sua capacidade de desenvolvimento. Conforme Giuliano Donini, para que Jaraguá do Sul retome indicadores de qualidade é preciso uma mudança de postura da classe política, considerando o atual cenário econômico e o nível de credibilidade de representantes do executivo e do legislativo.
“A intenção é contribuir com o processo de governabilidade do município, não se trata de pleitos específicos da classe empresarial ou de segmentos produtivos, pois entendemos que estes pontos oportunamente merecerão atenção e serão defendidos por cada setor representativo. O que buscamos agora é o envolvimento da gestão pública com um ambiente que estimule cada vez mais o empreendedorismo e consequentemente promova melhor qualidade de vida à comunidade”, resume o presidente da ACIJS e do CEJAS, lembrando que entidades que representam setores organizados da sociedade civil “têm o dever de participar do processo político”.
Apresentado a dirigentes de partidos políticos que projetam candidaturas próprias ou em coligação, um documento enfatiza a urgência de priorizar a redução de custos com a administração pública, buscar maior eficácia na aplicação dos recursos e priorizar investimentos em infraestrutura. Todas as proposições, salienta Donini, buscam restabelecer a capacidade própria de investimento do município, hoje inferior a 2% do orçamento anual.
Dentre as sugestões apresentadas aos futuros ocupantes do Poder Legislativo está a manutenção dos vencimentos dos vereadores nos mesmos patamares praticados atualmente, a limitação a máximo 37 funcionários entre efetivos, comissionados e indicados políticos, rejeição do número de vereadores (11 atualmente), e a não construção de uma nova sede para a Câmara. Para o futuro prefeito, as sugestões incluem que seja direcionado no mínimo 12% do orçamento anual para investimentos em infraestrutura, com recursos próprios, a otimização de custos e da capacidade administrativa com a redução das atuais 13 para 8 secretarias e 2 autarquias, não contratação de novos servidores ao longo do próximo mandato, aprimorando a formação no atual quadro do funcionalismo e desenvolvendo processos de meritocracia, alocando os melhores talentos nos cargos mais pertinentes às suas competências, e o aprimoramento da gestão para aumento da capacidade de investimentos com recursos próprios, focados em infraestrutura e mobilidade urbana, visando alcançar o patamar de 12% até o quarto ano de gestão, com incrementos contínuos, partindo-se de 5% no primeiro ano e crescendo para 8%, 10% e 12% (doze por cento) ao término do mandato.
Campanha com eleitores
Além da divulgação das sugestões às candidaturas, o CEJAS também apresentou uma ação para conscientizar a comunidade quanto à valorização do voto. “O objetivo é motivar o voto consciente, para que as escolhas valorizem a qualidade da representação que o município merece, mas partindo da ideia de que é preciso conhecer os candidatos e perceber neles o comprometimento com o município”, explica.
A ação vai consistir de materiais de divulgação e de vídeos que serão divulgadas nas redes sociais e tem como mote a frase “Um vereador pra chamar de seu”, com ênfase na aproximação dos futuros parlamentares com a comunidade.
De acordo com Giuliano Donini, uma pesquisa realizada no município mostra que a Câmara de Vereadores ocupa as últimas colocações em termos de confiança junto e credibilidade na comunidade, o que motivou as entidades a desenvolver a ação para motivar o eleitor.
“Queremos contribuir com a evolução do processo eleitoral, consideramos que a qualificação dos nossos representantes passa pela atitude de todos os setores da sociedade, empresários, entidades de classe, partidos políticos e candidatos. Mudar este quadro dependerá também do nível das candidaturas apresentadas aos eleitores”, reitera.