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“O automobilismo hoje é a minha profissão. Além da paixão que sempre tive pela velocidade, o espírito de competitividade, a adrenalina, o compromisso com meus patrocinadores me motivam e me fazem querer cada vez mais melhores resultados. O pódio é meu maior objetivo e vamos conquistar muitos e muitos pódios”, assim o piloto Porsche Cup Brasil, André Gaidzinski, define seu atual momento profissional.
Mas nem sempre este foi o caminho escolhido por André. Apaixonado pelo mundo da velocidade desde criança, em 2002 André parou de competir e partiu para a vida empresarial onde se envolveu com o associativismo e contribuiu para o Sistema Facisc.
Como sócio na cerâmica Eliane e empresário da construção civil se associou à ACIF e a AEMFLO onde iniciou uma trajetória de 15 anos no associativismo. Recentemente em segundo lugar na categoria Rookie e em terceiro na Sport da divisão Challenge, o piloto tem projetado o nome de Santa Catarina no cenário nacional. Para falar um pouco sobre essa transição entrevistamos André em uma conversa exclusiva para o Portal da Facisc. Confira a seguir:
FACISC – Como foi esse retorno para o automobilismo depois de tantos anos distante?
ANDRÉ – Acompanho este universo de perto desde criança e iniciei a minha trajetória profissional aos 17 anos, no ano 1991, através do Kart. Em 2002 parei mas nunca deixei de assistir e acompanhar alguns dos eventos. Achei que não voltaria mais, mas em 2017 alguns amigos me incentivaram a voltar a correr. Eu fiquei com a ideia na cabeça e fui em busca. Foi então que após um tempo afastado das pistas, envolvido apenas com os negócios, retornei em 2018 aos treinos e corridas profissionais. O retorno foi tranquilo e aconteceu de forma triunfal, pelas mãos do empresário Willy Herrmann, que também representa a Fórmula Indy na América Latina. Um experiente e bem relacionado empresário da área do automobilismo internacional.
A categoria escolhida foi a Porsche Cup Brasil, na GT3 Sport 3.8, campeonato Sprint. Desde então, venho colecionando troféus ao longo das temporadas e investindo pesado na evolução constante dentro e fora das pistas. Os treinos incluem um moderno simulador de corridas, a parte física e psicológica, além de treinos nos Autódromos mais importantes do Brasil.
FACISC – Você diria que existem semelhanças entre o associativismo e o automobilismo? Quais seriam as maiores semelhanças?
ANDRÉ: Com certeza existem semelhanças. A vida de piloto também é um negócio e precisa ter gestão, planejamento, orçamento. Também lidamos com patrocinadores, clientes e muitos fornecedores e colaboradores. Assim como o associativismo é um ambiente multisetorial, com várias empresas envolvidas. Além disso, também há muito networking.
FACISC – Qual dos caminhos considera o mais desafiador?
ANDRÉ – Os desafios são equivalentes. Acredito que tanto no automobilismo quanto no associativismo é uma questão de missão. É saber qual o objetivo que se tem e seguir em busca. Em ambos é preciso ter organização, disciplina e muita dedicação para conseguir os resultados. Tanto um como o outro não dá para brincar.
FACISC – Quais foram os momentos mais importantes na sua trajetória no associativismo?
ANDRÉ – A presidência do Cejesc foi uma experiência muito especial. Cheguei no Conselho com oito núcleos e ao terminar a gestão eram 42 núcleos. Também fui vice-presidente de soluções empresariais da Federação na gestão do presidente Alaor e vice-presidente na gestão do Reck. Foram experiências muito enriquecedoras. Sugerir, participar e atuar como voluntário em algo que acredito foi gratificante.
FACISC – Você sente saudades do tempo de associativismo?
ANDRÉ – Com certeza sinto. Cresci vendo minha família envolvida no associativismo e vivi bons momentos no Sistema Facisc. Mas infelizmente hoje o tempo me limita a participação. Também sinto saudades das pessoas que o associativismo me permitiu conhecer, mas sei que as amizades sempre ficam e os momentos marcantes sempre serão lembrados.
FACISC – E quais os planos para o futuro?
ANDRÉ – Pretendo continuar no automobilismo e conquistar o primeiro lugar no pódio e em paralelo envolver os empresários que me apoiam e possibilitar que façam negócios.