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Otimismo e esperança permearam as reflexões propostas pela palestra “Desafios e tendências do setor têxtil – o mundo pós pandemia”, ministrada pela gestora da Fundação Hermann Hering e conselheira da Fiesc, Amélia Malheiro, com apoio da gestora, coach e fundadora do Instituto ModHU, Shirlei Rescarolli. O evento foi realizado na noite de quarta-feira, 3 de junho, de forma online, pelo Núcleo de Beneficiamento Têxtil da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr).
Em quase duas horas de encontro, foram discutidos assuntos como o comportamento do consumidor, as estratégias de fortalecimento da indústria, as vantagens de ações compartilhadas e o futuro do setor da moda e da produção nas empresas.
“Hoje, Santa Catarina já começa a liderar a retomada econômica do Brasil e tem assumido este protagonismo com sensibilidade”, afirmou Amélia Malheiro.
Assim como todos os empresários do setor, Davi Battisti Archer reduziu a equipe de produção em 50%, mas comemora os resultados alcançados. “Dentro de um contexto de pandemia, qualquer pequeno ganho conta”, enfatiza.
Para a gestora Shirlei Rescarolli, repensar o planejamento estratégico e reposicionar o próprio negócio diante do cenário atual, pode trazer vantagens até mesmo para o futuro pós pandemia. “Havia empresas que tinham a qualidade como maior virtude. Mas isso também implicava no atraso da entrega e no custo elevado. O diferencial pesava para o cliente que, nem sempre, conseguia identificar alguma vantagem. Hoje, através do replanejamento, é possível manter a qualidade, mas também propor processos menos engessados, que levam em consideração o prazo de entrega e o custo”, analisa Shirlei.
Segundo ela, algumas empresas tinham traçado como meta a liderança do setor na América Latina. Agora, o compromisso é ser melhor dentro da cidade e da região. “A única coisa que não muda são os valores e a convicção do que se quer entregar”, adverte.
Perspectivas
O empresário André Ricardo Valentim destacou que a postura adotada pelo setor em Brusque e na região também tem sido reconhecida pelo cliente, que espera o produto abastecido em sua loja e disponível ao cliente final.
“A pandemia chegou e não vai embora tão cedo. Então é preciso vibrar com o resultado. Estar com a fábrica aberta, em meio a uma crise sem precedentes, e ainda fechar o mês positivo é algo incrível”, comemora.
Já o empresário Luciano Kuhn ressalta que, neste momento, o contato com o cliente tem sido diário e, pela ampliação de prazos na efetivação dos negócios, esta parceria está ainda mais consolidada. “Estamos gradativamente evoluindo. Antes, o foco era no futuro. Agora aprendemos a colocar o pé no chão e olhar para o presente. Tem sido um bom aprendizado”, pontua.