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Pleito da Associação Empresarial local (Acig) junto à companhia energética é uma bandeira de anos e foi fortalecido no início de 2024, após as consequentes quedas de energia elétrica na cidade, comprometendo a rotina das indústrias, empresas e da comunidade em geral.
A falta de energia elétrica em Gaspar deve ser amenizada – é o que indica um posicionamento do gerente regional da Celesc, João Marcos Ribeiro, frente ao pleito da Associação Empresarial da cidade (Acig). As constantes quedas ocorridas desde o início deste ano vinham afetando a rotina produtiva das indústrias locais, além das empresas, escolas e comunidade em geral.
“Essa questão sempre foi uma bandeira nossa. Adotamos um posicionamento mais incisivo dessa vez, por solicitação dos nossos associados, e tivemos um retorno que consideramos que vai atender às nossas necessidades. A Celesc é um órgão importantíssimo para o desenvolvimento local, entendemos algumas limitações, mas estamos esperançosos com o planejamento do que nos foi apresentado”, comenta Edemar Enio Wieser, presidente da Acig.
De acordo com o gerente regional da Celesc, do montante destinado para a regional do Vale, R$ 10,8 milhões serão investidos em Gaspar até 2026, em obras de melhorias da rede de distribuição, instalação de novos transformadores e na implantação de religadores automáticos, além de telepostos (para atender a crescente demanda de carros elétricos). A revitalização da rede da rua Vidal Flávio Dias também está no cronograma da Celesc.
“Entendemos a importância da cidade de Gaspar no desenvolvimento econômico da região e as ações da Celesc são sempre no sentido de oferecer um serviço de qualidade para empresários, para a indústria e para os moradores. Nos nossos registros, as ocorrências de quedas de energia na cidade se deram, principalmente, por questões climáticas, de calor extremo seguido de chuvas com trovoadas, associadas à presença de vegetação próxima à fiação”, explica João Marcos.
Segundo ele, essa questão de árvores, galhos e folhas em contato com a rede elétrica é um dos grandes problemas enfrentados por Gaspar. “A Celesc faz o corte de segurança, para livrar o risco da árvore bater na rede de distribuição e o dono do terreno fica responsável por fazer o recolhimento e descarte desse material. Mas é um volume significativo de atendimentos, que demanda organização prévia para execução dos trabalhos”, comenta o gerente regional da Celesc.
De acordo com a lei estadual 17.588 de 2018, a faixa de segurança mínima para o plantio de árvores exóticas e outras de grande porte junto às redes de distribuição de energia elétrica é de 30 metros (sendo 15 metros de cada lado, a partir do eixo central) para espécies folhosas e de 15 metros (7,5 metros de cada lado, a partir do eixo central) para espécies coníferas.
Hoje, Gaspar tem 30.290 unidades consumidoras, sendo 24.718 residências, 1.677 indústrias, 2.603 empresas comerciais, entre outros. A previsão da Celesc é que, com os investimentos previstos, quase 19 mil unidades consumidoras sintam diretamente as melhorias na distribuição de energia elétrica na cidade.
A Associação Empresarial de Gaspar (ACIG) foi fundada no dia 22 de junho de 1982. A entidade é formada por pessoas com ideias empreendedoras, que buscam o desenvolvimento dos empresários da cidade, além do desenvolvimento municipal. É um órgão capaz de gerar instrumentos facilitadores para a classe empresarial, servindo como um ponto de convergência de interesse dos associados, comunidade e gestão pública.